Interferência e nível de dano econômico de várias espécies infestantes na cultura de trigo

AUTOR(ES)
FONTE

Planta Daninha

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

Foram realizados dois experimentos para avaliar os efeitos da interferência de várias espécies daninhas sobre a produtividade e rendimento de trigo e determinar o seu nível de dano econômico (NDE) sobre a cultura. Os experimentos foram conduzidos em 2002, em dois locais no Irã: na Estação de Pesquisa Agrícola (EPA) da Universidade Ferdowsi, Mashhad (E1) e na EPA do Agricultural College, Shirvan (E2). Numa lavoura de trigo de 15 e 28 ha, nas Epa localizadas em E1 e E2, respectivamente, selecionaram-se áreas de 15 x 50 m como local dos experimentos. Estas áreas foram manejadas como outras partes do campo, exceto para o uso de herbicidas. No início do estádio de espigamento foram sorteados 30 pontos de coleta de 50 x 50 cm em cada local. As plantas daninhas presentes em E1 foram: Avena ludoviciana, Chenopodium album, Solanum nigrum, Stellaria holostea, Convolvulus spp., Fumaria spp., Sonchus spp., e Polygonum aviculare. No local E2 as espécies infestantes foram: A. ludoviciana, Erysimum sp., P. aviculare, Rapistrum rugosum, C. album, Salsola kali, and Sonchus sp. Equações foram ajustadas aos dados e os efeitos das densidades das espécies daninhas foram calculadas em termos de densidade interferidora total (DIT). Regressões lineares múltiplas indicaram que apenas A. ludoviciana, Convolvulus spp. e C. album, em E1; e A. ludoviciana, S. kali, and R. rugosum, em E2, tiveram efeito significativo sobre a redução da produção de trigo. NDE foi 5,23 DIT em E1 e 6,16 DIT em E2, os quais foram equivalentes a 5 plantas m-2 de A. ludoviciana ou 12 plantas m-2 de Convolvulus spp. ou 19 plantas m-2 de C. album em E1; e 6 plantas m-2 de A. ludoviciana, 13 plantas m-2 de S. kali e 27 plantas m-2 de R. rugosum em E2. Simulações de NDE utilizando vários preços de grãos de trigo e custos de controle de plantas daninhas permitiram comparar os experimentos sugerindo que uma cultura mais competitiva no local E1 em relação a E2 foi a causa da competitividade mais baixa das infestantes no primeiro local.

ASSUNTO(S)

interferência competição rendimento de grãos regressões matemáticas

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