Intensidade da intradermorreação de Montenegro e tempo de evolução da lesão como preditores de falha na resposta terapêutica da leishmaniose cutânea
AUTOR(ES)
Antonio, Liliane de Fátima, Fagundes, Aline, Oliveira, Raquel Vasconcellos Carvalhaes, Pinto, Priscila Garcia, Bedoya-Pacheco, Sandro Javier, Vasconcellos, Érica de Camargo Ferreira e, Valete-Rosalino, Maria Cláudia, Lyra, Marcelo Rosandiski, Passos, Sônia Regina Lambert, Pimentel, Maria Inês Fernandes, Schubach, Armando de Oliveira
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Conduzimos estudo caso-controle que verificou a associação entre a intradermorreação de Montenegro (IDRM), o tempo de evolução da lesão e a resposta terapêutica em pacientes com leishmaniose cutânea (LC) atendidos no Instituto de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, Brasil. Para cada caso com má resposta à terapêutica foram selecionados aleatoriamente dois controles que evoluíram com cicatrização das lesões após o tratamento, pareados por sexo e idade. Todos os pacientes realizaram tratamento com antimoniato de meglumina (Sb5+) IM, na dose de 5 mg Sb5+/kg/dia, continuamente, por 30 dias. Pacientes com LC apresentaram aproximadamente cinco vezes mais chance de falhar quando as lesões apresentavam menos de dois meses de evolução no primeiro dia de atendimento. Pacientes com falha terapêutica apresentaram reações de IDRM menos intensas que pacientes que evoluíram para a cura clínica. A cada 10 milímetros de aumento na resposta à IDRM, houve uma redução de 26% na chance de ocorrência de falha. O tratamento precoce, traduzido pelo tempo de evolução da lesão menor que dois meses no primeiro dia de atendimento, e resposta de imunidade celular deficiente, traduzida por IDRM menos intensa, demonstraram contribuir para a ocorrência de falha terapêutica na leishmaniose cutânea.
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