Inhame: uma cultura negligenciada e subutilizada no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Horticultura Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-03

RESUMO

No Brasil, estudos e investimentos ao inhame são incipientes. Similarmente, a literatura nas últimas décadas apresenta informações insuficientes para este grupo de plantas. A literatura existente, por sua vez, exige mais que nunca ser revisada e organizada. O inhame tem-se unido ao grupo de culturas ditas "negligenciadas" por diversas razões, mas particularmente devido ao fato de estar associado às comunidades pobres e tradicionais. Muitos vegetais introduzidos no Brasil durante o período da colonização têm-se adaptado a diferentes sistemas de cultivo, sendo o inhame um excelente exemplo. Esta diversidade é resultado de uma ampla dispersão, ainda pouco conhecida no país. Por sua vez, as roças usam o sistema de agricultura tradicional de forma a manter e aumentar as variedades locais de inhame. Estudos de outros países, com ênfase na caracterização e melhoramento genético, trouxeram à luz uma necessidade urgente de o Brasil investir em inhame como uma rica fonte de carboidratos, mesmo apesar das mudanças na política alimentar pública. Reverter o atual estigma do inhame é um duplo desafio para a comunidade científica e população como um todo. Este artigo objetiva-se a trazer questões pertinentes sobre as espécies do gênero Dioscorea, um importante grupo para muitas comunidades em países tropicais, contudo ainda pouco conhecido no Brasil.

ASSUNTO(S)

dioscorea spp. tubérculos agricultura tradicional agrobiodiversidade marcadores moleculares

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