Ingestão de carnes em adultos: estudo de base populacional na cidade de Campinas, Brasil. Um estudo transversal

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/03/2016

RESUMO

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: As carnes são alimentos com elevada densidade nutricional, apresentam expressiva participação na dieta dos brasileiros, porém em excesso provocam prejuízos à saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a ingestão de carnes (g/dia) entre adultos segundo características sociodemográficas, comportamentais e de situação de saúde, além de avaliar os tipos de carnes mais consumidos. DESENHO E LOCAL: Estudo transversal de base populacional, realizado em Campinas, SP, Brasil, em 2008 e 2009. MÉTODOS: A amostra foi obtida por conglomerados e em dois estágios. Foram analisados 948 adultos (20-59 anos), participantes do Inquérito de Saúde de Campinas. O recordatório alimentar de 24 horas foi utilizado para estimar a ingestão de carnes. RESULTADOS: A ingestão média de carnes ajustada por sexo e idade foi de 182,3 g (IC 95%: 170,6-193,9 g), sendo significativamente menor nas mulheres, nos indivíduos com 50 anos ou mais, nos que relataram duas ou mais doenças crônicas e nos que apresentavam três ou mais queixas de saúde. Maior ingestão de carnes foi encontrada nos segmentos com renda familiar mensal intermediária entre 1 e 3 salários mínimos, com 16 ou mais equipamentos no domicílio, assim como aqueles que ingeriam refrigerantes nos 7 dias da semana. A carne bovina foi a mais frequente (44%) entre as carnes presentes na dieta, seguida de aves, processadas, peixes e suínas. CONCLUSÃO: Os dados desta pesquisa revelam elevada ingestão de carnes na população de Campinas e identificam os segmentos que devem ser priorizados para estratégias direcionadas a adequar a ingestão desse alimento.

ASSUNTO(S)

carne inquéritos epidemiológicos adulto ingestão de alimentos dieta.

Documentos Relacionados