Influência do preparo cavitário e do material restaurador na carga e no tipo de fratura de premolares tratados endodonticamente
AUTOR(ES)
Ana Amélia Bianchi e Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Este trabalho avaliou a influência de diferentes técnicas restauradoras na carga e no tipo de fratura em premolares tratados endodonticamente. Sessenta premolares superiores foram divididos nos seguintes grupos: G1 hígidos; G2 cavidade MOD e restauração direta com Four Season tipo inlay; G3 cavidade MOD e restauração indireta com Adoro tipo inlay; G5 cavidade MOD e restauração com Empress tipo inlay; G4 e G6 semelhantes aos grupos 3 e 5, respectivamente, mas com cobertura de cúspides (tipo onlay). Foi realizada endodontia nos grupos 2 a 6. Os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de compressão em máquina de ensaio universal com velocidade de 0,5 mm/minuto. O tipo de fratura foi classificado da seguinte forma: fratura tipo I restrita à restauração; fratura tipo II restauração e cúspide dentária acima da junção amelocementária; fratura tipo III restauração e cúspide dentária abaixo da junção amelocementária; fratura tipo IV restauração e cúspide abaixo da junção amelocementária com exposição da câmara pulpar; fratura tipo V ao longo da raiz. As médias dos valores de carga de fratura foram submetidos à Análise de Variância e Teste de Tukey, e os resultados do tipo de fratura foram submetidos ao teste Kruskal-Wallis ao nível de significância foi de 5%. Houve diferença estatisticamente significante na carga de fratura entre os grupos (p=0,01). O maior valor de carga de fratura foi obtido no grupo dos dentes hígidos (1370,61 N), não diferindo estatisticamente do grupo onlay em Empress (1304,21 N), sendo ambos os valores estatisticamente superiores aos demais grupos. Valores intermediários foram obtidos para os grupos inlay em Empress (918,76 N), onlay em Adoro (861,15 N) e inlay em Adoro (792,71 N), os quais não diferiram estatisticamente entre si. O menor valor de carga de fratura foi obtido para o grupo da restauração direta com Four Season (666,08 N), não diferindo estatisticamente do grupo inlay em Adoro. Também houve diferença estatística significativa para o tipo de fratura entre os grupos (p=0,001). Os grupos onlay em Adoro e hígidos não diferiram estatisticamente entre si, apresentando maior porcentagem de fraturas com melhor prognóstico (sem exposição da câmara pulpar), e nenhum dente com fratura ao longo da raiz. Já os demais grupos experimentais também não diferiram estatisticamente entre si, mas todos apresentaram fraturas se estendendo ao longo da raiz (pior prognóstico).
ASSUNTO(S)
endodontia dentÍstica cerÂmica dentÁria odontologia fratura dentÁria materiais dentÁrios resinas (odontologia) odontologia restauraÇÃo dentÁria
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1701Documentos Relacionados
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