Influência do defeito esfincteriano na resposta ao biofeedback em pacientes com incontinência fecal

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

OBJETIVOS: avaliar a influência do defeito esfincteriano (DE) na resposta ao biofeedback (BF) em pacientes com incontinência fecal. MÉTODOS: 242 pacientes com incontinência fecal, submetidos exclusivamente ao BF como forma de tratamento, foram selecionados. Os pacientes foram submetidos ao escore de incontinência fecal (Cleveland Clinic Flórida-Escore de Incontinência Fecal, CCF-IF) e testes de investigação da fisiologia anorretal. O pré e pós-tratamento imediato foram obtidos do prontuário e para avaliação a longo prazo foi enviado o CCF-IF pelo correio. RESULTADOS: 242 pacientes realizaram BF. 143 (59,1%) realizaram ultrassom e em 43 (30,1%) foi evidenciado DE. Os resultados imediatamente após o BF não foram afetados pela presença ou ausência de DE. O segundo questionário foi enviado pelo correio com tempo médio de 6,1 anos após término do BF. 31 (57,4%) melhoraram, 4 (7,4%) permaneceram inalterados e 19 (35,2%) pioraram, mas nos pacientes com DE a melhora foi significativamente inferior (p = 0,021). A eletromiografia demonstrou melhora na atividade elétrica na fase de contração em ambos os grupos. CONCLUSÕES: houve melhora clínica na maioria dos pacientes com incontinência fecal após o BF. Entretanto, pacientes com DE detectados ao US antes do tratamento, apresentaram piores resultados a longo prazo.

ASSUNTO(S)

incontinência fecal biofeedback defeito esfincteriano ultrasson endoanal

Documentos Relacionados