Influencia de uma membrana de colageno associada a extrato etanolico de propolis na consolidação de fraturas com perda ossea : estudo experimental em fibulas de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Este traballio verificou a capacidade de uma membrana de colágeno, associada ao extrato etanólico de própolis (EEP) a 10 %, em impedir a entrada de tecidos moles em falhas ósseas criados nas fibulas de ratos albinos Wistar, com idade média de 50 dias e peso médio de 175 gramas. As falhas ósseas foram criadas na diáfise das fibulas esquerdas e direitas através da retirada ,de um fragmento de 3,0 a 3,5 mm de comprimento, na região de transição entre os terços proximal e médio. A membrana embebida em 15 mu l de EEP a 10 % foi adaptada no local do defeito das fibulas esquerdas de 20 animais, enquanto que as fibulas direitas permaneciam sem membrana, servindo portanto, para observar a taxa de regeneração espontânea do osso. Ainda como controle, em 20 animais adaptou-se no defeito ósseo, a membrana embebida em 15 mu l de etanol a 80 % e nos outros 20 animais, a membrana embebida 15 mu l de solução fisiológica. Fez-se a dosagem da fosfatase alcalina no soro dos animais, uma vez que esta enzima encontra-se relacionada com o processo de consolidação de fraturas. Os animais foram sacrificados 14 e 28 dias após a cirurgia; seus membros posteriores esquerdo e direito removidos; radiografados; e as fibulas dissecadas e processadas para a análise histológica. Os cortes foram feitos em sentido longitudinal e corados em H.E. O sangue para se dosar a fosfatase alcalina foi coletado no momento do sacrificio. Os resultados mostraram que a taxa de regeneração do osso foi pequena, não havendo diferenças significativas entre as fibulas direitas (controle) e as esquerdas (implante de membrana). A membrana mostrou-se bastante eficiente em evitar a entrada de tecidos moles, especialmente tecido muscular, no interior do defeito ósseo, quando embebida em EEP a 10% e em solução fisiológica. Porém, embebida em álcool a 80 %, não foi eficiente em impedir a invasão do defeito osseo pelos tecidos circunjacentes. Observou-se pouca formação de cartilagem na área da fratura, contrariamente ao que geralmente ocorre na consolidação de fraturas de osso longos. A fosfatase alcalina mostrou-se elevada nas fases iniciais, decrescendo à medida que o processo de regeneração se processa. Pôde ser constatado que a membrana de colágeno, quando associada ao EEP a 10 %, foi eficiente em impedir que tecidos moles circunjacentes invadissem o defeito ósseo. Entretanto, a utilização desta membrana parece retardar o processo de consolidação

ASSUNTO(S)

fosfatase alcalina ossos - regeneração produtos naturais

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