Influência de características gerais na qualidade de vida de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
AUTOR(ES)
Dourado, Victor Zuniga, Antunes, Letícia Cláudia de Oliveira, Carvalho, Lídia Raquel de, Godoy, Irma
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: Não há consenso a respeito dos fatores que influenciam a qualidade de vida nos portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Entretanto, a sua determinação pode nortear abordagens que visem à melhora da qualidade de vida desses pacientes. OBJETIVO: Avaliar fatores que podem interferir na qualidade de vida de pacientes com DPOC selecionados para reabilitação pulmonar. MÉTODO: Foram avaliados vinte e um pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica moderada a grave. Pressão inspiratória máxima (PImax), teste de caminhada de seis minutos (TC6), composição corpórea, função pulmonar, gases sangüíneos, dinamometria de membros superiores, força muscular de quadríceps e questionário de qualidade de vida do Hospital Saint George (SGRQ) foram estudados. RESULTADOS: Foram observadas correlações negativas estatisticamente significativas entre as seguintes variáveis: escore do domínio "Impacto" com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (r = -0,68; p = 0,004), relação entre VEF1 e capacidade vital forçada (VEF1/CVF) (r = -0,61; p = 0,014), pico de fluxo expiratório (PFE) (r = -0,53; p = 0,015), TC6 (r = -0,63; p = 0,001) e índice de massa corpórea (IMC) (r = -0,64; p = 0,002); escore do domínio "Atividades" com PImax (r = -0,57; p = 0,007), saturação de O2 (SpO2) (r = -0,52; p = 0,018) e TC6 (r = -0,58; p = 0,007); escore do domínio "Sintomas" com IMC (r = -0,60; p = 0,005); e escore "Total" com VEF1 (r = -0,64; p = 0,01), PFE (r = -0,47; p = 0,033) e IMC (r = -0,57; p = 0,009). A regressão múltipla linear indicou como principais variáveis independentes o IMC, com influência significativa nos domínios sintomas (p = 0,002), impacto (p = 0,009) e no escore total (p = 0,024), e o TC6, com influência significativa nos domínios atividades (p = 0,048) e impacto (p = 0,010). CONCLUSÕES: O IMC e o TC6 tiveram influência nos índices de qualidade de vida. Portanto, estas variáveis devem ser consideradas nas estratégias para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.
ASSUNTO(S)
pneumopatias obstrutivas qualidade de vida
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