Influencia da vegetação no conforto termico urbano e no ambiente construido

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Este trabalho teve como premissa que diferentes espécies arbóreas apresentam comportamentos distintos quanto à atenuação da radiação solar. Também considerou que o sombreamento por árvores de fachadas de edificações expostas ao sol pode melhorar o desempenho térmico da mesma. Dessa forma, este trabalho avaliou, na primeira parte, a atenuação da radiação solar por diferentes espécies arbóreas e o conforto térmico proporcionado pelas mesmas, por meio de dados experimentais de radiação solar incidente, temperaturas do ar e de globo, assim como valores de umidade relativa. Na segunda parte, foi avaliada a melhoria do conforto térmico em duas salas de aula depois da colocação de algumas árvores na área externa. Os dados foram coletados sob as copas das árvores estudadas e ao sol simultaneamente. Foram calculadas as porcentagens de atenuação da radiação solar para cada árvore, assim como as variações relativas das temperaturas do ar e de globo. A análise da influência das diferentes espécies arbóreas no conforto térmico de ambientes externos foi realizada pelo método do Voto Médio Estimado, e pelos valores das atenuações da radiação solar obtidos. As espécies analisadas foram: Senna spectabilis, Schinus moI/e, Bauhinia variegata, Cingingium jambolana, Clitoria fairchildiana, Cedre/a fissi/is e Ficus benjamina. Os resultados mostraram que a Bauhinia variegata teve um dos melhores desempenhos quanto à atenuação da radiação solar e melhoria do conforto térmico. Na segunda parte do trabalho, foi realizada uma quantificação das possíveis melhorias, proporcionadas por uma das espécies arbóreas, no conforto térmico de duas salas de aula de uma escola de primeiro grau, localizada no campus da Universidade Estadual de Campinas. Num primeiro estágio os parâmetros de conforto - temperatura, umidade relativa, temperatura de globo e velocidade do ar - foram medidos nas duas salas de aula com a situação "sem vegetação. ao longo de quinze dias. Depois disso, numa segunda etapa, quatro exemplares de Ficus benjamina (plantadas em grandes vasos) foram colocadas de modo a proteger as fachadas mais expostas ao sol das duas salas de aula analisadas. Novamente foram realizadas medições dos parâmetros ambientais durante mais quinze dias, agora com as salas sombreadas. Além disso, parâmetros climáticos externos foram coletados em uma Estação Meteorológica do campus da UNICAMP próxima à escola. Foi observado que, em média, as temperaturas na situação "com árvores" foram 1,Soe menores que aquelas na situação "sem árvores"

ASSUNTO(S)

escolas - edificios vegetação e clima radiação solar conforto termico microclimatologia

Documentos Relacionados