Influência da membrana de colágeno suíno purificado na integração tecidual de telas de polipropileno implantadas em ratas / Purified porcine collagen membrane modulates integration of polypropylene mesh implant in rat model

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/05/2011

RESUMO

Introdução: O aumento da expectativa de vida elevou o risco da necessidade de cirurgia para o tratamento dos prolapsos de órgãos pélvicos (PO) em mulheres, principalmente no período pós-menopausa. Os distúrbios ocasionados pelos POP afetam a qualidade de vida, ao estabelecer alterações na sexualidade, função urinaria e intestinal. Neste cenário, o uso das telas ganhou popularidade. Embora as telas de polipropileno sejam consideradas um bom material para restaurar o assoalho pélvico, diminuindo o tempo cirúrgico e a dor pós-operatória, existem preocupações quanto à infecção e exposição da tela. Objetivos: Estudar as características da deposição colágena associada aos implantes subcutâneos de telas de polipropileno revestidas por biomembrana de colágeno de submucosa intestinal suína (BMSS) em ratas, e descrever as características da reação inflamatória local. Material e Métodos: 30 ratas fêmeas foram divididas em três grupos conforme a data de eutanásia (7º; 14º, e 28º pós-operatório). Foram implantadas no subcutâneo abdominal destes animais um segmento de tela de polipropileno revestida com colágeno à direita e outro segmento de tela não revestida no lado esquerdo. O material foi fixado em HE e analizado no microscópio de polarização Olympus BX51 e acoplado ao software image Pro plus 6.0 para estudar as propriedades anisotrópicas do colágeno e as características da reação inflamatória local. Resultados: 7ºPO: A biomembrana induziu intensa proliferação vascular, vasodilatação, infiltração de linfocitos e proliferação fibroblástica. No subgrupo da tela de polipropileno isolada notaram-se predomínio de células com aspecto histiocitário e células gigantes. 14ºPO: No subgrupo da biomembrana persistiu o infiltrado predominantemente linfocitário semelhante ao 7ºPO. Não ocorreram alterações expressivas na intensidade da deposição colágena, persistiu o aspecto de congestão vascular. No subgrupo do polipropileno isolado, observou-se alguma proliferação fibroblástica em torno dos filamentos de polipropileno, além de células gigantes achatadas pelo envoltório de colágeno e fibroblastos, mantendo pouco infiltrado linfocitário, em relação à tela recoberta pela biomembrana. 28º PO: No subgrupo da biomembrana de colágeno observou-se intensa deposição colágena com diminuição do infiltrado linfocitário e presença de mononucleares histiocitários. No subgrupo da tela de polipropileno isolada evidenciaram-se células gigantes as quais apresentavam tendência de envolver o polímero, além de menor infiltrado fibroblástico em comparação ao grupo recoberto com a biomembrana. Conclusão: A tela de polipropileno revestida pela BMSS evidenciou resolução precoce da inflamação, melhor neoangiogênese e deposição colágena melhor organizada do que a tela não revestida. Isto pode representar um vantagem em segmentos clínicos se estes resultados experimentais puderem ser reproduzidos em outros estudos.

ASSUNTO(S)

prolapso de órgão pélvico telas cirurgicas fatores hospedeiros de integração colágeno pelvic organ prolapse surgical mesh integration host factors collagen

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