Influência da estenose residual negativa após o implante de stents coronarianos em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

FUNDAMENTOS: A presença de estenose residual (ER) negativa após o implante de stents coronarianos em pacientes com infarto do miocárdio está associada a piores desfechos clínicos. A influência da ER no prognóstico de pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST não foi bem estudada. MÉTODO: Pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST tratados com implante de stents coronarianos foram incluídos, e a ER e o fluxo coronariano foram avaliados imediatamente após o procedimento. Pacientes com ER < 0% foram comparados a um grupo controle com ER 0-30% quanto à ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) em um ano. RESULTADOS: As características clínicas foram semelhantes em ambos os grupos. A ER média foi de -10,3 ± 6,4% no grupo ER < 0% (n = 94) e de 2,1 ± 5,2% nos controles (n = 298) (P < 0,001). Pacientes com ER < 0% tinham vasos menores (P < 0,001) e apresentaram maior escore de agressividade (P < 0,001), que foram preditores independentes de ER negativa, comparativamente aos pacientes com ER 0-30%. Os índices de sucesso clínico do procedimento (100% vs. 98,7%), fluxo coronariano TIMI 3 (100% vs. 99,3%), ECAM intra-hospitalares (0% vs. 0,6%) e trombose subaguda (1,1% vs. 0,3%) não foram estatisticamente diferentes nos pacientes com ER < 0% e nos controles. Os índices de revascularização do vaso-alvo (8,9% vs. 7,9%) e de ECAM em um ano (10% vs. 10%) também foram semelhantes nos pacientes com ER < 0% e nos controles. CONCLUSÕES: A ocorrência de ER negativa após o implante de stents coronarianos em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST foi associada a vasos menores e a estratégias de implante mais agressivas, mas não à piora do fluxo coronariano ou a índices mais elevados de ECAM.

ASSUNTO(S)

angina instável stents doença das coronárias

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