Influence of different microsprinkler arrangements in soil water distribution and morphophysiological parameters of Citrus latifolia Tanaka on door-graft Citrus limonia Osbeck / Influência de diferentes sistemas de microaspersão na distribuição de água no solo e nas respostas morfofisiológicas do Citrus latifolia Tanaka sobre o porta-enxerto Citrus limonia Osbeck

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O sistema de irrigação tem-se tornado fator decisivo na maximização da produção da lima ácida Tahiti, principalmente nas regiões mais secas, uma vez que a ocorrência de deficit hídrico em plantas cultivadas afeta seu crescimento e desenvolvimento. No caso de fruteiras irrigadas sob sistema de microaspersão, as características dos emissores de água e a sua localização em relação à planta influenciam o perfil de distribuição de água disponível, alterando sua absorção pelas raízes. Dessa forma, objetivou-se, com este trabalho, avaliar a influência de diferentes sistemas de microaspersão na distribuição de água no solo e nas respostas morfofisiológicas do Citrus latifolia Tanaka sobre o porta-enxerto Citrus limonia Osbeck. Foram feitas avaliações da extração de água pela planta, da distribuição efetiva do sistema radicular, do fluxo diário de seiva, da transpiração, da temperatura foliar, da condutância estomática e do potencial hídrico foliar, nas fases de floração e frutificação, além da produtividade e da qualidade dos frutos. O experimento foi desenvolvido na Fazenda Experimental da EPAMIG, situada em Jaíba, no extremo norte do Estado de Minas Gerais. A cultura utilizada foi a lima ácida Tahiti (Citrus latifolia Tanaka), enxertada sobre limão-cravo, com 4 anos de idade, plantada no espaçamento de 5 x 7 m e irrigada por microaspersão com turno de rega diário. O solo do local é classificado como Neossolo Quartzarênico, e o delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três tratamentos e seis repetições. Foram avaliadas três disposições de microaspersores: T1 um microaspersor por planta, localizado entre plantas ao longo da fileira, com vazão de 35 L h-1; T2 um microaspersor para duas plantas, localizado ao longo da fileira, com vazão de 70 L h-1; e T3 um microaspersor por planta, localizado a 0,3 m da planta, com vazão de 35 L h-1. No campo, duas trincheiras foram feitas próximas de uma planta de lima ácida Tahiti, para uma planta útil por tratamento, 60 dias antes do início das avaliações de campo. As trincheiras foram abertas nas direções longitudinal e transversal às linhas de plantio, partindo-se da planta até 2,5 m de distância e da superfície do solo até 1,0 m de profundidade e com subseqüente instalação de sondas de TDR de 0,10 m de comprimento de hastes. Leituras de umidade foram feitas por meio de um equipamento de TDR100, durante 3 dias de solo descoberto e 3 dias de solo coberto após a irrigação, com leituras a cada 10 min, para avaliar a distribuição de água disponível no solo e extraída pela planta entre irrigações. Avaliaram-se, durante as fases de floração e de frutificação, o curso diário do fluxo de seiva pelo método de balanço de calor caulinar e as variáveis transpiração, condutância estomática, potencial hídrico e temperatura foliar, às 8, 11, 15 e 17 h, sendo o potencial hídrico aferido também às 5 h. As amostras de raízes foram coletadas após a colheita, até a 1 m de profundidade e 2,5 m de distância da planta, avaliadas pelos seus comprimentos e diâmetros no perfil do solo. Os frutos colhidos foram quantificados e avaliados quanto à qualidade. Para os três tratamentos, até a profundidade de 0,625 m, ocorreu mais de 85% da extração de água pela planta. O tratamento T2 apresentou um padrão de distribuição de água mais uniforme, proporcionando uma maior disponibilidade de água no solo, principalmente no perfil transversal, seguido do T3. O tratamento T2, seguido do T3, apresentou, nas camadas avaliadas, maior taxa de extração que a do tratamento T1. Os valores de produtividade média da lima ácida Tahiti apresentaram diferença significativa entre os tratamentos T2 (19.506 kg ha-1) e T1 (13.545 kg ha-1). A produtividade do tratamento T3 (16.683 kg ha-1), apesar de superior à do T1 e inferior à do T2, não diferiu estatisticamente destes. Os frutos do T3 e T2 apresentaram teor de ácido ascórbico superior aos do T1. Nos três tratamentos testados, as raízes com diâmetros menores que 0,2 cm representaram mais de 90% do total. Mais de 80% do comprimento total de raízes mais finas ocorreu até 0,625 m de profundidade e a uma distância de até 2 m da planta, nos três tratamentos. Observou-se que as plantas do tratamento T2 apresentaram maior fluxo de seiva por unidade de radiação e por unidade de ETo que as do T3 e do T1. As plantas do tratamento T2, seguido do T3, exibiram, no geral, maior transpiração, potencial hídrico e condutância estomática e menor temperatura foliar que as do T1, principalmente nos horários de maior radiação, tanto na fase de floração quanto na de frutificação. Dessa forma, conclui-se que as plantas do tratamento T2 tiveram melhor desenvolvimento fisiológico que as dos tratamentos T3 e T1, o que está relacionado com a melhor condição hídrica desse tratamento.

ASSUNTO(S)

citrus latifolia tanaka irrigation physiology fisiologia lima ácida tahiti irrigação engenharia de agua e solo

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