Infecções hospitalares em uma unidade de terapia intensiva neonatal brasileira: vigilância de quatro anos
AUTOR(ES)
Brito, Denise Von Dollinger, Brito, Cristiane Silveira de, Resende, Daiane Silva, Moreira do Ó, Jacqueline, Abdallah, Vânia Olivetti Steffen, Gontijo Filho, Paulo Pinto
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Relatar a incidência das infecções hospitalares, microrganismos causadores, fatores de risco associados e o padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos na UTI neonatal do Hospital Universitário de Uberlândia. MÉTODOS: Realizou-se vigilância National Healthcare Safety Network de janeiro de 2006 a dezembro de 2009. Os pacientes foram acompanhados cinco vezes por semana desde o seu nascimento até a alta ou óbito. RESULTADOS: O estudo incluiu 1.443 pacientes dos quais 209 desenvolveram infecção hospitalar, totalizando 293 episódios de IHs, com destaque para as infecções de corrente sanguínea (203; 69,3%) e conjuntivite (52; 17,7%). As taxas de infecção associadas a dispositivos foram as seguintes: 17,3 infecções da corrente sanguínea primária por 1.000 CVC dia e 3,2 pneumonias por 1.000 ventiladores-dia. A taxa de mortalidade em recém-nascidos com infecções hospitalares foi de 11,9%. A ventilação mecânica, nutrição parenteral total, sonda orogástrica, antibioticoterapia prévia, uso de CVC e peso de 751-1.000g pareceu estar associado com um risco significativamente maior de IH (p < 0,05). Na análise de regressão logística múltipla para IH, ventilação mecânica e uso de CVC foram fatores de risco independentes (p < 0,05). Staphylococcus coagulase-negativo (SCoN) (36,5%) e Staphylococcus aureus (23,6%) foram os agentes etiológicos mais comumente isolados. A incidência de SCoN e S. aureus resistente à oxacilina foram de 81,8% e 25,3%, respectivamente. CONCLUSÕES: Uma vigilância frequente foi importante para avaliar a associação de fatores de risco bem conhecidos com as IHs e etiologia com a finalidade de chamar a atenção dos profissionais de saúde para esta grande causa de morbidade.
ASSUNTO(S)
neonatos sistema de vigilância infecção hospitalar
Documentos Relacionados
- Infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva pediátrica de um país em desenvolvimento: vigilância NHSN
- Erros de prescrição em uma unidade de terapia intensiva neonatal brasileira
- Sepse tardia em pré-termos de uma unidade de terapia intensiva neonatal: análise de três anos
- RUÍDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
- A manipulacao de prematuros em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal