Independência funcional e espirometria em pacientes adultos pós-unidade de terapia intensiva
AUTOR(ES)
Abentroth, Lilian Regina Lengler; Osaku, Erica Fernanda; Silva, Mayara Manzoni Marques da; Jaskowiak, Jaiane Luiza; Zaponi, Renata de Souza; Ogasawara, Suely Mariko; Leite, Marcela Aparecida; Costa, Cláudia Rejane Lima de Macedo; Porto, Itamar Regazzo Pedreschi; Jorge, Amaury Cezar; Duarte, Péricles Almeida Delfino
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
RESUMO Objetivo: Relatar a independência funcional e o grau de comprometimento pulmonar em pacientes adultos 3 meses após a alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Este foi um estudo de coorte retrospectiva conduzido em uma unidade de terapia intensiva multiprofissional para pacientes adultos em um único centro. Incluíram-se pacientes admitidos à unidade de terapia intensiva entre janeiro de 2012 e dezembro de 2013 que, 3 meses mais tarde, foram submetidos à espirometria e responderam ao questionário Medida de Independência Funcional. Resultados: Os pacientes foram divididos em grupos segundo sua classificação de independência funcional e espirometria. O estudo incluiu 197 pacientes, que foram divididos entre os grupos maior dependência (n = 4), menor dependência (n = 12) e independente (n = 181). Na comparação dos três grupos com relação à classificação pela Medida de Independência Funcional, pacientes com maior dependência tinham escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II e Sequential Organ Failure Assessment mais altos quando da admissão à unidade de terapia intensiva, idade mais avançada, mais dias sob ventilação mecânica e tempo mais longo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital. A maioria dos pacientes apresentava comprometimento pulmonar, sendo o padrão obstrutivo o mais frequentemente observado. Na comparação da independência funcional com a função pulmonar, observou-se que, quanto pior a condição funcional, pior a função pulmonar, observando-se diferenças significantes em relação ao pico de fluxo expiratório (p = 0,030). Conclusão: Em sua maioria, os pacientes que retornaram ao ambulatório 3 meses após a alta tinham boa condição funcional, porém apresentavam comprometimento pulmonar relacionado com o grau de dependência funcional.
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