Incidência e fatores de risco da retinopatia da prematuridade no Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal (RN) - Brasil
AUTOR(ES)
Pinheiro, Aline Macêdo, Silva, Wallace Andrino da, Bessa, Cíntia Glenda Freitas, Cunha, Hélida Machado, Ferreira, Maria Ângela Fernandes, Gomes, Alexandre Henrique Bezerra
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-08
RESUMO
OBJETIVOS: Determinar a incidência de retinopatia da prematuridade e avaliar os principais fatores de risco implicados no seu desenvolvimento. MÉTODOS: Estudo coorte retrospectivo de base hospitalar realizado no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, no Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal (RN) - Brasil. A amostra foi composta por 663 recém-nascidos, com idade gestacional < 36 semanas e/ou peso ao nascimento < 1.500 g e submetidas ao protocolo de retinopatia da prematuridade existente no ambulatório de oftalmologia do hospital. As variáveis estudadas foram: gênero, peso ao nascimento, idade gestacional, tempo de oxigenioterapia, ventilação mecânica, sepse e transfusão sanguínea. Os dados foram analisados por meio dos testes do qui-quadrado, exato de Fisher e da regressão logística múltipla. RESULTADOS: Entre os 663 prontuários, retinopatia da prematuridade ocorreu em 414 casos (62,4%). Do total da amostra, 338 (51,0%) eram do sexo masculino e 282 (42,5%) do feminino. As médias e os desvios-padrão do peso, da idade gestacional e do tempo de oxigenioterapia foram, respectivamente, 1.334,9 ± 345,6 g, 31,9 ± 2,3 semanas e 10,0 ± 14,0 dias. A incidência de retinopatia em prematuros no período foi de 62,4%, com 58,0% dos casos em 2004, 67,2% em 2005 e 63,0% em 2006. A análise de regressão logística múltipla demonstrou que o peso <1.000 g (p<0,001; ORaj=17,18; IC= 6,52-45,29) e entre 1.000 g a 1.500 g (p=0,002; ORaj=4,20; IC= 1,68-10,48), o tempo de oxigenioterapia >20 dias (p=0,022; ORaj=3,40; IC= 1,19-9,69) e a transfusão sanguínea (p=0,022; ORaj=2,06; IC= 1,11-3,83) são fatores independentes de risco para a doença. CONCLUSÕES: O estudo demonstra uma alta incidência da patologia no serviço. O baixo peso ao nascer, um tempo prolongado de oxigenoterapia, bem como a transfusão sanguínea são fatores associados ao desenvolvimento da retinopatia da prematuridade. Idade gestacional não é um dado confiável para a triagem dos neonatos realizada pelo setor.
ASSUNTO(S)
retinopatia da prematuridade fatores de risco recém-nascido, prematuro recém-nascido, de baixo peso
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