Incidência e fatores de risco associados à síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico
AUTOR(ES)
Tejero-Aranguren, Julia; Martin, Raimundo García-del Moral; Poyatos-Aguilera, Maria Eugenia; Morales-Galindo, Ildaura; Cobos-Vargas, Angel; Colmenero, Manuel
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Objetivo: Determinar a incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico admitidos à unidade de terapia intensiva e identificar fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento nas áreas de saúde física, cognitiva e mental. Métodos: Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo desenvolvido na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Foram incluídos no estudo pacientes internados em unidade de terapia intensiva a partir de 1 semana e com necessidade de ventilação mecânica por mais de 3 dias, choque ou delirium. Foram registradas variáveis demográficas, motivo da admissão, diagnósticos, sedação, tipo de ventilação mecânica, complicações e tempo de internação. Realizou-se análise univariada para identificar os fatores de risco relacionados à síndrome pós-cuidados intensivos. As escalas utilizadas para a avaliação das diferentes esferas foram Barthel, Pfeiffer, Hospital Anxiety and Depression Scale e Impact of Event Scale-6. As principais variáveis de interesse foram incidência da síndrome pós-cuidados intensivos de modo geral e por domínios. Os fatores de risco foram examinados em cada um dos domínios da saúde (saúde física, cognitiva e mental). Resultados: Participaram 87 pacientes. A Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II média foi de 16,5. O número médio de dias na unidade de terapia intensiva foi 17. A incidência geral da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3% (n = 49; IC95% 45,8 - 66,2). A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em cada uma das esferas foi de 32,1% (física), 11,5% (cognitiva) e 36,6% (saúde mental). Conclusão: A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3%. A esfera da saúde mental foi a mais frequentemente envolvida. Os fatores de risco diferem, dependendo da área considerada.
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