Incidência de disfagia orofaríngea em pacientes com paralisia cerebral do tipo tetraparéticos espásticos institucionalizados
AUTOR(ES)
Lucchi, Carla, Flório, Carla Patrícia Frigério, Silvério, Carolina Castelli, Reis, Thaís Maria dos
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
OBJETIVO: Verificar a incidência de disfagia orofaríngea em pacientes com paralisia cerebral do tipo tetraparesia espástica institucionalizados, correlacionando os achados com a consistência alimentar ingerida e o tipo de hidratação. MÉTODOS: Participaram do estudo retrospectivo 140 pacientes, com média de idade 28 anos. Foram levantados os seguintes dados do prontuário médico: comprometimento da deglutição, sendo utilizado o protocolo ROGS para classificação; via de alimentação e consistências alimentares; forma de hidratação. RESULTADOS: Verificou-se presença de disfagia orofaríngea em diferentes graus, sendo encontrada a deglutição funcional na maioria dos pacientes (40%). Dos pacientes com deglutição funcional e disfagia leve, a maioria, 65% e 50% respectivamente, recebem dieta na consistência pastosa. Daqueles com disfagia moderada, 66,7% recebem dieta na consistência semi-líquida, e 94,7% de pacientes com disfagia grave fazem uso de via alternativa de alimentação. Do total de pacientes, 63,6% recebem líquido fino e 10,7% recebem gelatina como forma de hidratação. CONCLUSÃO: A incidência de disfagia orofaríngea, somando seus diferentes graus de comprometimento, mostra-se alta em portadores de paralisia cerebral do tipo tetraparética espástica, apesar da deglutição funcional ser a mais encontrada. A consistência alimentar pastosa é mais presente nos pacientes classificados como deglutição funcional e disfagia leve. Os pacientes com disfagia grave fazem uso de via alternativa de alimentação em sua maioria. O uso do líquido fino é o mais encontrado como forma de hidratação na maioria dos pacientes, sendo este substituído pela gelatina, mais frequentemente conforme maior o comprometimento dadeglutição.
ASSUNTO(S)
paralisia cerebral transtornos de deglutição alimentação pacientes internados
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