Incapacidades físicas em pessoas acometidas pela hanseníase no período pós-alta da poliquimioterapia em um município no Norte do Brasil
AUTOR(ES)
Monteiro, Lorena Dias, Alencar, Carlos Henrique Morais de, Barbosa, Jaqueline Caracas, Braga, Katiane Pereira, Castro, Milene Damous de, Heukelbach, Jorg
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-05
RESUMO
Danos neurais contribuem para a incapacidade física na hanseníase. O objetivo foi estimar a prevalência de indivíduos com incapacidade física após a alta de poliquimioterapia da hanseníase em Araguaína, Tocantins, Brasil. Estudo transversal com 282 casos novos de 2004 a 2009. O grau de incapacidade no diagnóstico e na cura foi coletado de prontuários e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. No pós-alta usou-se o formulário de avaliação neurológica simplificada. A prevalência de incapacidade foi de 29,4%, sendo 8,9% grau 2. Houve associação entre incapacidades físicas com multibacilares (p < 0,001) e com episódios reacionais (p < 0,001). No diagnóstico, a ocorrência de deformidades foi 1,7 vez maior nos homens (IC95%: 1,23-2,37). Entre o diagnóstico e a alta houve piora do grau de incapacidade e esta piora foi maior após a alta: 25%. A piora do grau de incapacidade foi mais expressiva após a alta, apresentando associação com multibacilares e episódios reacionais. É preciso monitoramento contínuo de casos em alta, para prevenir sequelas e limitação funcional.
ASSUNTO(S)
pessoas com deficiência hanseníase doenças transmissíveis
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