Impacto do Alto Risco Cardiovascular na Mortalidade Hospitalar em Pacientes Internados em Terapia Intensiva por COVID-19
AUTOR(ES)
Gomes, Bruno Ferraz de Oliveira; Petriz, João Luiz Fernandes; Menezes, Iliana Regina Ribeiro; Azevedo, Anny de Sousa; Silva, Thiago Moreira Bastos da; Silva, Valdilene Lima; Peres, Leticia de Sousa; Pereira, David Fernandes Pedro; Dutra, Giovanni Possamai; Paula, Suzanna Andressa Morais de; Mendes, Bárbara Ferreira da Silva; Carmo Junior, Plinio Resende do; Pereira, Basilio de Bragança; Oliveira, Gláucia Maria Moraes de
FONTE
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Fundamento Alguns estudos demonstraram uma maior prevalência de óbitos em portadores de fatores de risco cardiovascular (FRC) durante internação por COVID-19. Objetivos Avaliar o impacto do alto risco cardiovascular em pacientes internados em terapia intensiva por COVID-19 Métodos Estudo retrospectivo com pacientes admitidos em terapia intensiva, com diagnóstico confirmado de COVID-19 por RT-PCR e com pelo menos uma dosagem de troponina durante a internação. Os critérios para definição de paciente de alto risco cardiovascular (ARC) foram: histórico de doença cardiovascular estabelecida (infarto, AVC ou doença arterial periférica), diabetes, doença renal crônica com clearance < 60ml/min ou presença de 3 FRC (hipertensão, tabagismo, dislipidemia ou idade > 65 anos). O desfecho primário deste estudo é mortalidade hospitalar por todas as causas. P<0,05 foi considerado significativo. Resultados Foram incluídos 236 pacientes, média de idade= 61,14±16,2 anos, com 63,1% homens, 55,5% hipertensos e 33,1% diabéticos. Um total de 47,4% dos pacientes apresentavam ARC. Observou-se um aumento significativo da mortalidade conforme aumento do número de fatores de risco (0 FRC: 5,9%; 1 FRC: 17,5%; 2 FRC: 32,2% e ≥3 FRC: 41,2%; p=0,001). Na regressão logística ajustada para gravidade (escore SAPS3), o grupo de alto risco cardiovascular e troponina elevada apresentou maior ocorrência de mortalidade hospitalar (OR 40,38; IC95% 11,78-138,39). Pacientes sem alto risco cardiovascular, mas com troponina elevada, também exibiram associação significativa com o desfecho primário (OR 16,7; IC95% 4,45-62,74). Conclusão Em pacientes internados em terapia intensiva por COVID-19, a presença de alto risco cardiovascular afeta a mortalidade hospitalar somente em pacientes que apresentaram elevação de troponina.
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