Imaginário simbólico e esquizofrenia : um olhar da pessoa

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/12/2011

RESUMO

Investiga e compreende a forma como as atividades expressivas de pessoas diagnosticadas esquizofrênicas se tornam uma linguagem de símbolos e do Eu no diálogo terapêutico e como contribui para a expressão do sujeito em suas múltiplas dimensões, além da doença. Pesquisa realizada no Instituto de Saúde Mental, unidade da Secretaria de Saúde Publica do Distrito Federal, por meio de encontros para realização das atividades expressivas com cinco participantes. Analisa a produção expressiva das participantes quanto às produções de figuras coincidentes nas expressões e à maior frequência de cores utilizadas. Analise dos resultados com base na teoria analítica de Jung e na do Imaginário Simbólico de Durand. Os resultados mostram duas figuras comuns: árvore e coração, que se aproximaram por semelhanças interpretativas das cores expressadas por uma das pacientes. As interpretações apontam para expressões de símbolos da vida, do masculino/feminino, da dimensão espiritual e da integração dos diversos aspectos do ser. Sugere a possibilidade de atuação nas diversas dimensões humanas. Sugere que a esquizofrenia não aniquilou a possibilidade de comunicação ou a vontade do esquizofrênico de estar no mundo. Os símbolos se legitimam como linguagem comunicante do mundo interno e subjetivo das participantes. Indica que o sujeito pode, através da expressividade, transcender a dor, e entrar em contato com o mundo à sua volta. A interpretação simbólica revela a sincronicidade de elementos simbólicos que apontam para a compreensão não somente em nível individual, mas também social e estruturante da sociedade. Estudos posteriores podem apontar importantes aspectos do inconsciente coletivo na constituição do imaginário simbólico da esquizofrenia. Entrevistas coletivas com as participantes demonstram o pensamento sobre o que é ser louco e ser normal, sobre a família, a residência. As somas das expressões plásticas e verbal das participantes esquizofrênicas apontam como resultado a necessidade humana de pertença. Esse sentimento permanece preservado na esquizofrenia, como forma de as participantes se afirmarem como pessoas, além da doença e do diagnóstico restritivo.

ASSUNTO(S)

esquizofrenia imagem psicologia interpretações psicoanalíticas inconsciente psicologia

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