Imaginário, poder e Estado o sujeito (sobre)vive
AUTOR(ES)
Ricardo Giuliani Neto
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Esta tese pretende demonstrar que o Estado como o conhecemos na atualidade é produto do sistema econômico capitalista e surgiu nos séculos XVII e XVIII como produto de um processo de racionalização que organizou o exercício do poder político. O Estado da modernidade é a superação do Estado absoluto na medida em que toma em sua racionalidade o exercício privado da propriedade privada em substituição a propriedade que se concentrava no Estado absoluto e feudal. Suas crises são cíclicas e permanentes na medida em que operam como elementos capazes de gerar composições funcionais assegurando, portanto, sua sobrevivência enquanto aparato proposital-instrumental. Neste contexto, encontramos o homem como sujeito de transformações sociais. O homem engajado, que racionaliza para exercer interesses e que, assim, institui a sociedade na medida em que permite-se, por ela ser instituído. Os eventos da política, considerada como o ambiente por excelência onde (sobre)vive o Estado são produto da ação humana a partir da organização de quereres e objetivos, sociais e econômicos. Neste caminho, as lições de Cornélius Castoriadis, permitem a compreensão deste sujeito como produto e produtor de instituições sociais na medida em que supera a razão, o logos, para exercer o discurso para alguém. O discurso político é feito para alguém, com os riscos e perigos de quem discursa, mas, também, com os riscos e os perigos de quem os ouve. A sociedade é, pois autocriação, e o homem é o seu sujeito fundador. Funda-se a si mesmo na medida em que funda o outro. O homem se humaniza no imaginário, entendido este como criação incessante e essencialmente indeterminada (social-histórica e psíquica) de figuras/formas/imagens a partir das quais é possível falar-se de alguma coisa. A tese procura demonstrar que o homem ainda é o sujeito da sociedade e que sua ação não está, ou pode não estar, subordinada a um mundo posto. Ele pode pôr, a partir do nada, um dado mundo. É neste caminho que examinamos o sistema econômico capitalista como criação histórico-social, como criação que põe um determinado imaginário que institui e é instituído
ASSUNTO(S)
capitalist system public sphere radical imaginary imaginário radical conélius castoriadis sistema capitalista direito bourgeoisie burguesia conélius castoriadis esfera pública mídia media
ACESSO AO ARTIGO
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