Imagens nacionais e relações de poder nas narrativas da imigração alemã em Santa Catarina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A abertura dos portos brasileiros em 1808, depois de 300 anos de exclusividade lusitana, torna o país um grande atrativo para naturalistas, geógrafos, economistas, artistas, comerciantes e viajantes. É intenso o trânsito de diferentes culturas, nacionalidades e subjetividades que passam a configurar um novo tempo e um novo espaço. A ampla divulgação de imaginários e representações da cultura letrada metropolitana, fundamentados no sólido debate científico setecentista sobre o Novo Mundo, acaba por determinar e interferir no imaginário desse próprio mundo. A situação político-social do Brasil no século XIX, ávido por significados nacionais (uma origem, um povo, um tipo nacional), desperta entre a recente elite letrada nativa a noção das imensas potencialidades da terra e a necessidade de se construir uma nação civilizada. Valendo-se de um contexto de afirmação científica, as correntes imigrantistas parecem atender à emergência de se produzir um povo civilizado pelo branqueamento das raças. Portanto, com o objetivo de refletir sobre um processo de composição de imagens que ajudaram a definir o Brasil, o presente estudo propõe-se a uma leitura cultural de um conjunto de narrativas que partem do espaço da imigração alemã em Santa Catarina em meados do século XIX.

ASSUNTO(S)

cultura literatura brasileira alemaes - santa catarina imaginário

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