Identificação, resistência antimicrobiana e caracterização genotípica de Enterococcus spp. isolados em Porto Alegre, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Microbiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-09

RESUMO

Nas últimas duas décadas os membros do gênero Enterococcus emergiram como importantes patógenos nosocomiais ao redor do mundo. No presente estudo, nós avaliamos a resistência antimicrobiana e as características genotípicas de 203 Enterococcus spp. obtidos de diferentes fontes clínicas em dois hospitais de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. As espécies foram identificadas por testes bioquímicos convencionais e por um sistema automatizado. A diversidade genética de E. faecalis demonstrando resistência à altos níveis de aminoglicosídeos (HLAR) foi avaliada através da análise do DNA cromossômico após digestão com a enzima SmaI, seguido por eletroforese em campo pulsado. O E. faecalis foi a espécie mais freqüente (93,6%), seguido por E. faecium (4,4%). O perfil de resistência antimicrobiana foi: 2,5% para ampicilina, 0,5% para vancomicina, 0,5% para teicoplanina, 33% para cloranfenicol, 2% para nitrofurantoína 66,1% para eritromicina, 66,5% para tetraciclina, 24,6% para rifampicina, 30% para ciprofloxacino e 87,2% para quinupristina-dalfopristina. Um total de 10,3% dos isolados apresentaram HLAR para ambos gentamicina e estreptomicina (HLR-ST/GE), sendo 23,6% resistentes somente a gentamicina (HLR-GE) e 37,4% somente a estreptomicina (HLR-ST). Um grupo clonal predominante foi encontrado em E. faecalis HLR-GE/ST. A prevalência de resistência a antibióticos ²-lactâmicos, e em particular aos glicopeptídeos, foi muito baixa. Entretanto, neste estudo, houve um número crescente de Enterococcus HLAR que podem estar se disseminando intra e interhospitais.

ASSUNTO(S)

enterococcus resistência hlar pfge

Documentos Relacionados