Identificação dos sorotipos de Streptococcus agalactiae pela técnica de PCR de amostras isoladas em pacientes colonizados e infectados na cidade de Campinas e região / Identification of serotypes of Streptococcus agalactiae by PCR of samples isolated from colonozed and infected patients in Campinas and region

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/08/2011

RESUMO

Streptococcus agalactiae, conhecido como Estreptococo beta-hemolítico do grupo B (EGB), é classificado por diferenças capsulares que podem variar em dez sorotipos, alguns responsáveis por infecções materno-infantis sérias e debilitantes ou podendo ainda levar ao óbito. O EGB pode ocasionar também, infecções graves em adultos e idosos. OBJETIVO: Descrever e analisar o perfil epidemiológico dos sorotipos prevalentes de Streptococcus agalactiae, provenientes de infecção em recém-nascidos (RN), do Centro de Atenção Integral á Saúde da Mulher (CAISM /UNICAMP) e casos de infecção por EGB de diversos materiais do Hospital de Clínicas da Unicamp (HC UNICAMP) e de sete laboratórios que prestam serviços a outros hospitais maternidade na cidade de Campinas SP e região. MÉTODOS: Estudo transversal laboratorial realizado, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2010. As cepas de EGB foram triadas por provas laboratoriais manuais padronizadas, ou por automação microbiológica, Vitek®2 (BioMeriéux). A seguir foram tipadas por PCR, utilizando sucessivamente primers específicos para espécie e para nove sorotipos de Streptococcus agalactiae. RESULTADOS: Durante os anos de 2007 e 2008 o programa de triagem materna do CAISM coletou 2.022 amostras de secreção retovaginal com média de 20,5% de positividade. Entre janeiro de 2007 a dezembro de 2010, foram selecionadas 120 amostras de EGB, isoladas de pacientes do HC UNICAMP, de diferentes materiais: urina (72,5%), sangue (hemocultura) (15,8%), secreção de feridas e abscessos (4,1%), líquor (2,5%), secreção ferida cirúrgica (1,6%), outras secreções (3,3%). Foram também selecionados, entre setembro de 2008 a setembro de 2009, 383 amostras de EGB isolados por laboratórios que prestam serviço a hospitaismaternidade de Campinas e região em: urina (54,3%), secreção retovaginal (37,8%), esperma (3,4%), sangue (2,3%), secreções gerais (1,8%) e líquor (0,2%). Foram avaliados, por análise molecular os sorotipos de 70 destas amostras, sendo 22 isoladas de sangue, 5 de líquor e 43 de outros materiais clínicos, escolhidos aleatoriamente, revelando a predominância do sorotipo tipo V (61,4%), seguido pelo tipo Ia (24,3%), tipo III (10,0%), tipo Ib (2,8%) e o tipo IV (1,4%). Dentre as amostras analisadas apenas seis eram provenientes de processos infecciosos em RNs do CAISM, sendo 1, 2,1 e 2 casos, respectivamente para cada ano, de 2007 até 2010, estimando-se para este período uma incidência média 0,55 casos de EGB por 1.000 nascidos vivos. Apenas mais um caso de RN foi isolado no Hospital Estadual de Sumaré no ano de 2009. Entre esses sete casos de RN, em dois foram encontradas amostras pareadas de mãe-filho. Nas amostras de RNs houve predominância do sorotipo V com 42,8%, seguido pelo tipo III e Ia com 28,5% cada um, nas amostras das duas mães foram encontrados os mesmos sorotipos de seus recém-nascidos. CONCLUSÕES: O número de amostras obtidas de recém nascidos foi abaixo do esperado, possivelmente em conseqüência da eficiência do programa de triagem e profilaxia materna do EGB, não podendo ser excluída a possibilidade de limitações dos recursos laboratoriais utilizados. Os sorotipos encontrados são os mais prevalentes na literatura mundial e associados à maior virulência. A técnica de PCR revelou ser muito útil para estudos epidemiológicos e de elevada especificidade

ASSUNTO(S)

infecção meningite sepse mortalidade perinatal tipagem molecular infection sepsis perinatal mortality molecular typing miningitis

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