Hospitalizações por uso de drogas não se alteram com uma década de Reforma Psiquiátrica
AUTOR(ES)
Balbinot, Alexandre Dido, Horta, Rogério Lessa, Costa, Juvenal Soares Dias da, Araújo, Renata Brasil, Poletto, Simone, Teixeira, Marina Bressaneli
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
24/05/2016
RESUMO
RESUMO OBJETIVO Investigar se as taxas de internações psiquiátricas por uso de substâncias psicoativas e o tempo médio de hospitalização se modificaram após a primeira década de efetiva implementação da reforma psiquiátrica no Brasil. MÉTODOS Este artigo analisa a evolução das hospitalizações devido a transtornos decorrentes do uso de álcool ou outras substâncias no estado de Santa Catarina, de 2000 a 2012. Trata-se de estudo ecológico, de série temporal, com dados de internações obtidas do Serviço de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram estimadas taxas de hospitalização por 100 mil habitantes e tempo médio de ocupação dos leitos. Foram estimados coeficientes de variação dessas taxas por Regressão de Poisson. RESULTADOS As taxas de internação total e para o sexo masculino não variaram (p = 0,244 e p = 0,056, respectivamente). Houve incremento de 3,0% para o sexo feminino (p = 0,049). Não se observou variação significativa para tempo de ocupação dos leitos. CONCLUSÕES A implantação de serviços desencadeada pela reforma psiquiátrica brasileira não foi acompanhada de redução das taxas de hospitalização ou tempo médio de permanência de quem foi hospitalizado ao longo dessa primeira década de implantação da reforma.
ASSUNTO(S)
transtornos relacionados ao uso de substâncias transtornos mentais hospitais psiquiátricos, utilização hospitalização tempo de internação estudos de séries temporais
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