Hiponatremia associada a antidepressivos: uma revisão

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-03

RESUMO

RESUMO Objetivo Rever a literatura mais recente sobre a associação entre a hiponatremia e o uso de antidepressivos. Métodos Pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e SciELO, com os descritores “antidepressive agents” e “hyponatremia”, incluindo artigos de janeiro de 2006 a maio de 2016. Resultados Foram incluídos 45 artigos. A idade, o sexo feminino e a polimedicação são os fatores de risco mais relevantes, e os sintomas dependem da gravidade da hiponatremia. A hiponatremia pode ter várias causas, sendo a mais comum a síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético. Entre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, o citalopram e o escitalopram apresentam risco superior, à semelhança da venlafaxina. O risco de hiponatremia parece ser inferior com as classes restantes, à exceção dos inibidores da monoaminoxidase. Recomenda-se um ionograma prévio ao tratamento em doentes com mais de 60 anos e, sempre, um ionograma um mês após o seu início. O primeiro passo do tratamento é a suspensão do fármaco, revertendo a maioria dos casos leves. No entanto, o tratamento deve ser individualizado, considerando os riscos da hiponatremia e da correção. Conclusões A hiponatremia é um efeito colateral a considerar nos doentes que tomam antidepressivos. Quando a manutenção do tratamento é necessária, deve ser evitado o mesmo antidepressivo ou outro da mesma classe, sendo opções a trazodona, abupropiona, a agomelatina, a mirtazapina e a reboxetina, porque existem poucos relatos de hiponatremia com esses fármacos.

ASSUNTO(S)

antidepressivos hiponatremia

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