Hiperplasia neo-intimal intra-stent e progressão de placa aterosclerótica no vaso-alvo em pacientes tratados com stents liberadores de zotarolimus
AUTOR(ES)
Brito, Andre F. L., Costa Jr., José de Ribamar, C. Jr., Alaor Mendes, Maia, Julio P., Feres, Fausto, Abizaid, Alexandre, Costa, Ricardo A., Staico, Rodolfo, Siqueira, Dimytri, Mattos, Luiz Alberto, Sousa, Amanda G. M. R., Sousa, J. Eduardo
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
FUNDAMENTOS: Após intervenções coronárias percutâneas, tem sido descrita uma reação inflamatória local que está diretamente relacionada à hiperplasia neo-intimal e à reestenose. O quanto esse processo inflamatório pode levar à progressão de placa aterosclerótica no vaso tratado ou nas outras artérias coronárias é ainda motivo de debate. OBJETIVO: Avaliar se há relação entre o grau de hiperplasia intimal intra-stent e a progressão de placa no vaso tratado. MÉTODO: Estudo retrospectivo com 36 pacientes com 40 lesões tratados com stents liberadores de zotarolimus, avaliados com ultra-sonografia intracoronária (USIC) após o procedimento e no reestudo protocolar tardio. Obtidos o porcentual do volume de obstrução intimal intra-stent (%VO) e a mudança de volume da placa aterosclerótica fora do segmento tratado (ΔVAT). Avaliamos a intensidade da relação entre as variáveis %VO e ΔVAT por meio do coeficiente de correlação de Spearman. RESULTADOS: O %VO foi de 14,5% ± 14,9%. Observada progressão de placa nas porções proximais (20,04 mm³/mm ± 58,61 mm³/mm) e distais (7,37 mm³/mm ± 25,86 mm³/mm) ao segmento tratado com stent. Não houve correlação entre o porcentual de hiperplasia neo-intimal e o grau de progressão de placa proximal (-0,015; p = 0,93), distal (-0,166; p = 0,36) ou em ambos os segmentos (-0,026; p = 0,89). CONCLUSÃO: Neste grupo de pacientes tratados com stents liberadores de zotarolimus, a ausência de correlação entre o volume de obstrução intimal intra-stent e a progressão de placa fora do segmento tratado sugere a existência de diferentes mecanismos inflamatórios por trás desses processos.
ASSUNTO(S)
stents farmacológicos reestenose coronária ultra-sonografia aterosclerose
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