Hiperparatireoidismo primário normocalcêmico na prática clínica: condição indolente ou ameaça silenciosa?
AUTOR(ES)
Marques, Thyciara Fontenele, Vasconcelos, Renata, Diniz, Erik, Rêgo, Daniela, Griz, Luiz, Bandeira, Francisco
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar as características do hiperparatireoidismo primário normocalcêmico (HPTPN) em pacientes atendidos para avaliação de osteoporose. PACIENTES E MÉTODOS: Foi realizada análise de um banco de dados de 156 mulheres que procuraram atendimento para avaliação de osteoporose. Todas apresentavam dosagem de cálcio sérico, PTH, 25-hidroxi-vitamina D e C-telopeptídeo. A densidade mineral óssea e escore-T foram avaliados por meio de densitometria óssea de coluna lombar, colo do fêmur e rádio distal, este último apenas em pacientes com hiperparatireoidismo renal primário. Nefrolitíase e fraturas ósseas foram documentadas pela revisão dos prontuários. RESULTADOS: Foram identificadas 14 pacientes com HPTPN, correspondendo a 8,9% da população estudada. Nos registros médicos, o relato da existência de litíase renal ocorreu em 28,6% dos portadores de HPTN em contraste com apenas 0,7% nas mulheres não portadoras, com um p < 0,001. CONCLUSÃO: Os dados do estudo sugerem que HPTPN tem uma apresentação fenotípica variada, podendo não ser uma patologia "indolente".
ASSUNTO(S)
hiperparatireoidismo normocalcêmico osteoporose fraturas cálculo renal