Hiperconsumo: comunicação, condicionamento e compras das décadas de decisão à década de descontrole

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/06/2012

RESUMO

Esta Tese de Doutorado em Comunicação e Semiótica trata do consumo excessivo de mercadorias no mundo contemporâneo e do papel central da comunicação comercial na construção, desenvolvimento e manutenção de sociedades voltadas para o Consumo. Os fenômenos do consumismo e do hiperconsumismo são frutos da comunicação comercial e dela dependem, majoritária ou integralmente, para continuar a existir. Estudar o Consumo é de extrema importância para compreender o Homem, a Cultura e as dinâmicas socioeconômicas locais e globais no sistema capitalista. Esta Tese surgiu da preocupação do autor com o consumo excessivo de mercadorias no mundo e o aumento alarmante do número de indivíduos consumistas e hiperconsumistas por toda parte. O problema desta Tese é: Como as empresas capitalistas vêm usando a Comunicação, em sua ver-tente comercial, desde a segunda metade do século XIX, para atingir seus objetivos de Lucro? E a hipótese é: As empresas capitalistas vêm usando a Comunicação, em sua vertente comercial, desde a segunda metade do século XIX, como ferramenta para construir, desenvolver e manter sociedades orientadas para o consumo excessivo de mercadorias. O Consumo é um fenômeno complexo e tem relações, diretas e indiretas, com ou-tros de grande complexidade. Para abarcar essa complexidade optou-se pela utilização da Semiótica Sistêmica como chave de decodificação e entendimento daquilo que tem motivado e orientado a vida do Homem nos últimos tempos. Os principais teóricos presentes neste texto são Gilles Lipovetsky, Guy Debord, István Mészáros, Jean Baudrillard, Pierre Bourdieu, Theodor Adorno e Zygmunt Bauman. O consumo excessivo de mercadorias destrói o psiquismo humano, a Sociedade e o Meio Ambiente e só é possível isto é, operacio-nalmente viável e publicamente aceitável por conta do uso planejado e pleno (na verdade, plenipotenciário) da comunicação comercial como ferramenta de construção, desenvolvimento e manutenção de uma realida-de artificial, baseada, essencialmente, no Desejo, no Hedonismo e no Individualismo; todos hipertrofiados, e constantemente atiçados, pela Mídia a serviço do Capital. Por meio de uma análise semiótica sistêmica, com início em 1850 e término no último dia de 2009, é possível compreender os movimentos gerais da Indústria, do Comércio e da Publicidade e da cultura construída, legitimada e reforçada por esses três agentes ao longo do tempo que resultaram no consumismo (o exagero nas compras) e, mais recentemente, no hiperconsumismo (a patologia do vício em compras)

ASSUNTO(S)

comunicacao consumo consumismo hiperconsumismo comunicação publicidade propaganda consumption consumerism hyper-consumerism communication advertising propaganda

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