Hidrocefalia de pressão normal: avaliação diagnóstica e preditiva

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

Resumo Em casos típicos, a hidrocefalia de pressão normal (HPN) manifesta-se com a tríade: distúrbio da marcha, que começa primeiro, seguido de deterioração mental e incontinência urinária associados a ventriculomegalia (na TC ou RM) e pressão liquórica normal. Esses casos conferem pouca dificuldade diagnóstica e são os que mais provavelmente melhoram após a derivação liquórica. O problema é quando a HPN manifesta-se de forma incompleta ou atípica (25-50% dos casos) ou é mimetizada por outras doenças. Então, outros testes complementares têm que ser usados, preferencialmente aqueles que melhor predizem o resultado cirúrgico. A cisternocintilografia, o monitoramento da pressão intracraniana e o teste de infusão lombar podem realmente mostrar disfunção da dinâmica liquórica, mas nenhum deles pode confirmar se o paciente vai beneficiar-se da cirurgia. O teste de punção liquórica é o único que pode temporariamente simular o efeito definitivo da derivação. Uma vez que o teste de (uma única) punção liquórica tem baixa sensibilidade, ele não pode ser usado para excluir pacientes da cirurgia. Em tais casos, temos que apelar para o teste da punção liquórica repetida (PLR) ou da drenagem liquórica lombar externa contínua (DLE). Um diagnóstico preditivo mais seguro seria conseguido se a PLR ou a DLE é positiva, juntamente com a ocorrência de ondas B em mais que 50% do tempo de monitoramento da pressão intracraniana. Este artigo de revisão baseou-se em uma busca na literatura, via PubMed, desde 1966. Ele focaliza a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, testes prognósticos complementares e a questão da seleção de candidatos apropriados para a derivação.

ASSUNTO(S)

hidrocefalia de pressão normal testes neuropsicológicos teste da punção liquórica cirurgia de derivação ventriculoperitoneal

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