Hemostasia rápida: um procedimento ambulatorial novo e eficaz utilizando ablação por micro-ondas para controlar a epistaxe de lesões isoladas protuberantes da mucosa

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-05

RESUMO

Resumo Introdução Epistaxe recorrente é comumente encontrada no ambulatório de rinologia. Sob orientação endoscópica, foram empregados tanto o cautério bipolar quanto a pinça monopolar (combinados à sucção) para controlar a condição. No entanto, o uso de pinças monopolares requer a colocação de placas de aterramento. Atualmente, a maioria dos procedimentos é feita em salas de cirurgia. Objetivo Investigamos os resultados após o uso da ablação por micro-ondas (MWA, do inglês Microwave Ablation) no controle da epistaxe em adultos com lesões isoladas protuberantes da mucosa. Todos os procedimentos foram feitos em nosso ambulatório com os pacientes sob anestesia local. Métodos Estudo de coorte retrospectivo. Foram incluídos 83 adultos com epistaxe de lesões isoladas protuberantes da mucosa. A ablação por micro-ondas foi feita no ambulatório para controlar o sangramento, após a administração de anestesia local. O desfecho primário foi uma hemostasia bem-sucedida. Os desfechos secundários foram as taxas de ressangramento, nas semanas 1 e 4 e no mês 6, e complicações (formação de crostas ou sinéquias, perfuração septal e/ou complicações orbitais ou cerebrais). Resultados Todos os pontos de sangramento foram contidos com sucesso; a hemostasia foi alcançada em 1-2 minutos. O escore médio de dor foi de 1,83 no intraoperatório e de 0,95 1 h no pós-operatório. Nenhum paciente apresentou ressangramento e nenhuma complicação grave relacionada à MWA (perfuração septal, formação de sinéquias ou complicações orbitais ou cerebrais) foi registrada em 6 meses de seguimento. Conclusões A ablação endoscópica por micro-ondas com pacientes sob anestesia local é um tratamento ambulatorial novo, seguro, eficaz, rápido e bem tolerado para adultos com epistaxe de lesões isoladas protuberantes da mucosa, especialmente aqueles para os quais a anestesia geral pode ser arriscada, indivíduos com implantes elétricos e aqueles com contraindicações para embolização arterial.

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