Hemorragia maciça do intestino grosso: o que está ao nosso alcance?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Coloproctologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

A forma de avaliar e lidar com a hemorragia aguda digestiva baixa tem sido modificado com os recentes desenvolvimentos de novas técnicas e aparelhos. O nosso objetivo, por esse manuscrito, é demonstrar com simplicidade uma forma de condução dos pacientes com hemorragia digestiva baixa aguda, sobretudo para os sangramentos que parecem mais graves, principalmente quando nos faltam os recursos das avançadas tecnologias atuais. Doenças localizadas no intestino grosso respondem por ¼ dos casos de hemorragias digestivas que são motivos para admissão hospitalar e têm como principais agentes etiológicos os divertículos, na moléstia diverticular, e as alterações vasculares, nas angiodisplasias. Na grande maioria das vezes o sangramento que pode parecer abundante cessa espontaneamente. Os distúrbios circulatórios graves não são comuns e os sinais mais frequentes são a queda do valor da hemoglobina observada na metade dos pacientes, e algumas alterações hemodinâmicas como a variação pressórica postural que pode ser vista em até 30% dos casos; a síncope em 10% e alguma forma de colapso circulatório, em 9%. Contudo, a faixa etária em que ocorre, as condições da senilidade, as doenças eventualmente associadas e a falta de recursos materiais e humanos para lidar com esse tipo de problema são os motivos que mais causam preocupação. A abordagem clínica simples com uma história bem elaborada; o exame físico com atenção e objetividade, a inclusão do exame proctológico, a obrigatória disponibilidade de aparelho para a coloscopia e os conhecimentos básicos sobre o evento formam o conjunto necessário e, na maioria das vezes, suficiente para o correto desempenho profissional na elaboração dos cuidados que devem ser dados a esses pacientes.

ASSUNTO(S)

hemorragia digestiva hemorragia intestinal diagnóstico coloscopia tratamento

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