Headache in an emergency room in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/05/2000

RESUMO

CONTEXTO: Quando em crise de cefaléia, pacientes brasileiros geralmente dirigem-se a uma unidade básica de saúde, onde são atendidos por clínicos gerais. Na cidade de Ribeirão Preto, os clínicos rotineiramente referem os pacientes para a Unidade de Emergência (UE) do Hospital das Clínicas. OBJETIVO: Avaliar a qualidade do serviço primário, analisando retrospectivamente o prontuário de pacientes que procuraram a EU, no ano de 1996, com queixa de cefaléia. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo. LOCAL: Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. PARTICIPANTES: 1.254 pacientes. Os pacientes da Unidade de Emergência do hospital da Universidade de Ribeirão Preto durante o ano de 1996 com crise de cefaléia foram estudados retrospectivamente. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Etiologia, idade, diagnóstico, causa secundária e testes laboratoriais. RESULTADOS: Dos 1254 pacientes vistos (61% mulheres), 1190 (94,9%) tiveram alta, após a administração de analgésicos parenterais, com menos de 12 horas da admissão. Apenas 64 pacientes (5,1%) permaneceram mais de 12 horas. Dos que ficaram menos de 12 horas, 71,5% apresentavam migrânea ou cefaléia tipo tensional e não necessitaram exames subsidiários. Dos que permaneceram mais de 12 horas, 70,3% apresentavam cefaléias secundárias. CONCLUSÃO: Concluímos que o serviço primário é ineficaz, para a cefaléia, na região de Ribeirão Preto. Muitos pacientes com cefaléia primária são referidos para centros terciários, indicando a necessidade urgente da divulgação dos critérios diagnósticos da Sociedade Internacional de Cefaléia para clínicos gerais.

ASSUNTO(S)

cefaléia clínicos gerais unidade de emergência

Documentos Relacionados