Hanseníase: estigma e preconceito vivenciados por pacientes institucionalizados em Santa Catarina (1940-1960)
AUTOR(ES)
Borenstein, Miriam Süssking, Padilha, Maria Itayra, Costa, Eliani, Gregório, Vitória Regina Petters, Koerich, Ana Maria Espíndola, Ribas, Dorotéa Löes
FONTE
Revista Brasileira de Enfermagem
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-11
RESUMO
Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem sócio-histórica cujo objetivo foi conhecer o estigma e preconceito vivenciado por pacientes/residentes institucionalizados acometidos pela hanseníase. Para tanto, foram entrevistados três pacientes que viveram em um hospital colônia no período do estudo, utilizando-se o método de história oral. Os dados foram coletados e posteriormente analisados, utilizando-se do referencial de estigma. Os resultados evidenciaram que após o ingresso na instituição, esses doentes tiveram seus laços familiares rompidos, perderam seus direitos como cidadãos, em decorrência dessa situação, assumiram novas vidas em um novo contexto. Concluindo, o isolamento nosocomial por um longo período de tempo (anos de internação e afastamento), provocou a morte simbólica de muitos pacientes que viviam com a esperança de um retorno ao convívio familiar e/ou social.
ASSUNTO(S)
hanseníase preconceito história institucionalização enfermagem
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