HABILIDADES PRÁXICAS OROFACIAIS PRÉ E PÓS-TERAPIA EM CRIANÇAS COM DESVIO FONOLÓGICO

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/03/2011

RESUMO

No Português Brasileiro, aproximadamente entre 4 ou 5 anos de idade, a criança já adquiriu todos os fonemas do sistema fonológico adulto. Porém, este processo nem sempre ocorre de acordo com o esperado, verificando-se afastamentos/desvios na aquisição dos sons da fala. Para que a fala aconteça de maneira adequada, é necessário o mínimo de desenvolvimento estrutural do aparelho fonador e de habilidades motoras, e é importante que sempre sejam investigadas questões fonéticas-articulatórias e práxicas. Este estudo teve como objetivo verificar a evolução fonológica, das habilidades práxicas orofaciais e as generalizações de crianças com desvio fonológico submetidos à terapia fonológica associada ou não a estimulação de habilidades práxicas de língua e de face. A amostra foi composta por seis sujeitos (três meninas e três meninos), com idades entre 5:4 e 7:0 no início da terapia. Os sujeitos foram divididos em três grupos, recebendo todos terapia fonológica, sendo os do grupo estudo tratados com estimulação de habilidades práxicas de face e língua (GFoLFa), e com exercícios de habilidades práxicas de língua (GFoL), e o grupo controle submetido apenas à terapia fonológica (GFo). Todos foram avaliados pré e pós-terapia quanto ao sistema fonológico (Yavas, Hernandorena e Lamprecht, 1991); ao Teste de Praxias Orofaciais (Berzoatti, Tavano e Fabbro, 2007); e ao Teste de Praxias Articulatórias e Bucofaciais (Hage, 2000). Os resultados foram analisados e descritos comparando os três grupos. Os resultados obtidos evidenciaram que todos os grupos apresentaram evoluções no inventário fonético, o GFoLFa obteve evoluções maiores no PCC-R, nas habilidades práxicas orofaciais e um maior número de generalizações fonológicas, considerando os quatro tipos analisados. O GFoL apresentou evoluções quanto as habilidades práxicas orofaciais e importante número de generalizações dentro de uma classe de sons; e GFo apresentou generalização para outra classe de sons. Conclui-se que os grupos que receberam intervenção práxica obtiveram maiores evoluções, porém, sugerem-se novos estudos aplicando este modelo, para que possam ser confirmados esses resultados, com outras amostras.

ASSUNTO(S)

generalização. criança fonoterapia distúrbios da fala fala fonoaudiologia speech disorders speech speech therapy child generalization

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