Há contraindicações de aromaterapia para gestantes?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Estado São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Sim. Uma revisão sistemática de série de casos

salienta que “a aromaterapia tem o potencial de causar efeitos adversos, alguns dos quais são graves”, apesar da frequência de ocorrência de tais efeitos ainda permanecer desconhecida.

Alguns autores apontam que a segurança dos óleos essenciais usados na aromaterapia é complexa. Os dados de segurança são em grande parte estabelecidos com base em usos tradicionais seguros e com relatos de casos de estudos em animais

. No entanto, na prática, isso pode ser diferente.

É comum encontrar utilizações inadequadas dos produtos, assim como produtos inadequados (como essências sintéticas de baixa qualidade)

.

Aromaterapeutas devem ser educados para ler os rótulos dos óleos essenciais usados em aromaterapia, que devem conter informações importantes, como: a parte ou partes da planta a partir do qual o óleo foi extraído, detalhes de manufatura, declaração de pureza dos óleos. Contudo, alguns destes tópicos não são requisitos regulatórios e nem todos os fornecedores fazem tais declarações

.

Nesse sentido, pode haver riscos que dizem respeito a padrões de qualidade. Com isso, os eventos adversos mais comuns citados

são: irritação dos olhos, mucosas e pele, particularmente a óleos que contêm aldeídos e fenóis. A sensibilização cruzada a outros óleos e alimentos é possível. Dentre as potenciais interações entre óleos essenciais e medicamentos convencionais ou fitoterápicos alerta-se para o uso de eugenol ou mentol (que no caso de gravidez pode aumentar a atividade anticoagulante, portanto, podem aumentar o risco de sangramento). Destaca-se ainda que pessoas com histórico de alergias e eczema podem desenvolver sensibilidade a qualquer óleo essencial. Com isso, certas precauções e contraindicações na gravidez, lactação, epilepsia e asma devem ser consideradas.

A falta de evidências suficientemente convincentes sobre a eficácia da aromaterapia combinada ao potencial de causar efeitos adversos, deveriam ser elementos capazes de gerar questionamentos sobre a real necessidade de uso da modalidade em muitas condições clínicas

.

Além disso, estudos prévios

já deram destaque para o fato de haver um uso considerável de óleos de aromaterapia por mulheres grávidas e mencionam que há uma necessidade clara de maior comunicação entre os profissionais de saúde e seus pacientes em relação a tal uso. O profissional deveria estar ciente de que mulheres grávidas sob seus cuidados podem estar usando óleos de aromaterapia, o que incorreria na necessidade de alertar a paciente que alguns dos óleos podem ser inseguros.

ASSUNTO(S)

apoio ao tratamento dentista w50 medicação / prescrição / pedido / renovação / injeção aromaterapia gestantes

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