Gravidez em adolescentes com dermatomiosite juvenil (DMJ)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Reumatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

Com a melhora do prognóstico nos pacientes com dermatomiosite juvenil (DMJ), as crianças tornam-se adolescentes com possibilidade de início da vida sexual e risco de engravidar. No período entre 1983 e 2004, 4.638 pacientes foram seguidos em nosso serviço, entre os quais 117 (86/74% do sexo feminino) apresentaram o diagnóstico de DMJ. Entre as pacientes com DMJ, três engravidaram durante o acompanhamento. A idade da primeira atividade sexual variou entre 15 (caso 1) e 14 anos (casos 2 e 3). As gestações, todas não planejadas, ocorreram aos 16 anos e 3 meses (caso 1), 15 anos e 4 meses (caso 2) e 14 anos e 7 meses (caso 3). A paciente 1 apresentava-se em atividade cutânea da DMJ no início da gravidez, mas evoluiu com completa remissão no 6º mês da gestação; foram mantidos gamaglobulina endovenosa (2g/kg/mês) nos primeiros 5 meses e prednisona (5mg/dia) durante toda a gestação; o pré-natal foi sem intercorrências; o parto foi fórcipe; o recém-nascido (RN) nasceu sem intercorrências. As pacientes 2 e 3 estavam em remissão no início da gravidez e também não apresentaram intercorrências no período pré-natal. O parto da paciente 2 foi vaginal e o RN nasceu bem, de termo e adequado para idade gestacional. No caso 3, o parto foi cesariano por redução do líquido amniótico e o RN nasceu prematuro (36 semanas), mas bem e adequado para a idade gestacional. Em nenhuma das pacientes observou-se reativação da DMJ no período pós-natal. A atividade sexual precoce e o aumento da gravidez em adolescentes com DMJ são assuntos que devem ser considerados na rotina do atendimento desses pacientes.

ASSUNTO(S)

dermatomiosite juvenil adolescente sexualidade gravidez

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