Granuloma equistossomótico em fase evolutiva tardia, em um caso de forma tumoral no homem

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os autores descrevem o granuloma esquistossomótico no homem, na fase crônica tardia, do ponto de vista morfológico e evolutivo. MÉTODOS: O estudo baseou-se na análise histológica de dois fragmentos obtidos de biópsia cirúrgica do peritônio e do intestino grosso de um paciente de 42 anos de idade, com a forma pseudotumoral mimetizando carcinomatose peritoneal associada à forma hepatointestinal da esquistossomose. RESULTADOS: Foram identificados 203 granulomas no pseudotumor e 27 na biópsia intestinal, com aspectos morfológicos semelhantes, a maioria na fase crônica tardia, em cura por fibrose. Foi sugerida nova classificação estrutural para os granulomas: zona 1 (interna), zona 2 (intermediária) e zona 3 (externa). CONCLUSÕES: Considerando o granuloma como um todo, concluímos que, provavelmente, a fibrose é comandada por mecanismos diferentes e independentes nas três zonas do granuloma. A fibrose lamelar na zona 3 parece ser comandada pelas células mesenquimais da matriz (fibroblastos e células mioepiteliais) e pelas células do exsudato inflamatório (linfócitos, plasmócitos, neutrófilos, eosinófilos). A fibrose anular na zona 2, composta por conjuntivo fibroso denso, pouco celular na fase avançada, seria comandada pelas células epitelioides que envolvem a zona 1 nos granulomas recentes. Na zona 1, substituindo a necrose periovular, a neoformação conjuntiva inicialmente frouxa, rendilhada, albergando células estreladas ou com núcleos fusiformes, surge um conjuntivo denso, paucicelular, nodular, provavelmente induzido pelos fibroblastos. Em muitos granulomas falta uma das zonas descritas e o granuloma é representado apenas por duas delas: Z3 e Z2, Z3 e Z1 ou Z2 e Z1 e, no final, por uma cicatriz.

ASSUNTO(S)

equistossomose mansônica granuloma morfologia evolução e forma pseudotumoral modulação do granuloma

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