Governança em organizações do agronegócio: desafios para a gestão de empresas rurais familiares

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Adm. (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

Resumo A produção rural no Brasil passou por um importante choque de competitividade a partir da estabilização da economia promovida pelo Plano Real em 1994. Com efeito, ganhos de eficiência foram alcançados pela agricultura brasileira, em termos de utilização de tecnologia, economias de escala e modernização geral da atividade no campo. Neste contexto, evoluiu a profissionalização da gestão da atividade. No entanto, o processo de governança não evolui na mesma dimensão com o “risco de governança” ainda pouco tratado no meio rural, o que muitas vezes limita a potencialidade das operações. Nesta pesquisa buscou-se aprofundar o entendimento acerca de quais os fatores que impactam a implementação de processos de “Governança” em propriedades rurais no Brasil. A partir de uma amostra por conveniência e não probabilística busca-se entender a evolução do processo de governança nas propriedades rurais e sua relação com práticas de gestão. Constata-se uma correlação entre a existência de alguns processos formais de gestão (por exemplo, planejamento estratégico e sistemas de contabilidade mais robustos) e avanços em mecanismos e processos de governança, tais como o estabelecimento de conselho de administração, regras claras de separação entre ativos da família e da empresa e maior transparência nas demonstrações financeiras. Nota-se, ainda, pouca clareza na separação do que vem a ser a remuneração do capital (dividendo) e do trabalho (pró labore), por parte de sócios, herdeiros e outros membros familiares. Em síntese, conclui-se que existe a adoção de alguns mecanismos de governança no meio rural, mas que esses ainda são poucos desenvolvidos entre os produtores agrícolas, sendo necessário o seu incentivo.

ASSUNTO(S)

governança empresas familiares produtores rurais

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