Gestão de Recursos Humanos em organizações sustentáveis: análise à luz do Global Reporting Initiative e da Administração Renovada.
AUTOR(ES)
Amanda Raquel de França Filgueiras DAmorim
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Um dos desafios da sustentabilidade está em construir novas estratégias de ação que resgatem valores básicos compatíveis com a ética e o respeito à dignidade humana. E a gestão de RH torna-se fragilizada, no sentindo de compatibilidade de suas ações com o discurso da sustentabilidade. O objetivo do estudo foi analisar as ações de Recursos Humanos (RH) desenvolvidas em organizações sustentáveis, à luz do Global Reporting Initiative (GRI) e da Administração Renovada. A estratégia de pesquisa adotada foi de estudo de casos múltiplos. Para isto, foram selecionadas três instituições financeiras- bancos que emitiam relatórios Global Reporting Initiative (GRI) localizadas no município de João Pessoa/PB. Para a análise dos dados, optou-se pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), proposta por Léfevre e Léfevre (2005). Como resultados, destacaram-se premissas e elaboraram-se princípios que conduziram à conceituação e elaboração de 20 ações de RH sustentável, alinhados aos indicadores do GRI, aos subsistemas de GRH e aos aspectos da Administração Renovada, adequando-as para sua aplicabilidade no ambiente interno. Com relação à identificação da compatibilidade das ações desenvolvidas pela área de RH com os indicadores de sustentabilidade (GRI) e Administração Renovada, concluiu-se que, as instituições financeiras desenvolvem mais ações não sustentáveis ou parcialmente sustentáveis do que propriamente sustentáveis, revelando dissonância do discurso com a prática de gestão. Identificou-se 38 ações distribuídas nos diversos subsistemas de GRH. Dessas, 14 foram consideradas ações de RH sustentável (atenderam completamente às referências de análise - GRI e Administração Renovada); 13 foram ações parcialmente sustentáveis (atendendo ora aos indicadores de sustentabilidade ora aos aspectos da Administração Renovada) e 11 não foram consideradas sustentáveis (ou seja: não atenderam a alguma referência de análise). Quanto às dificuldades para a condução de ações, constatou-se complexidade das mudanças de comportamento e o estrangulamento do horário de trabalho em decorrência da sobrecarga de atividades bancárias, faltando tempo para a humanização. E quanto às facilidades para a condução de ações constatou-se o compromisso do banco com a sustentabilidade. Conclui-se que os indicadores do GRI, por si só, não favorecem o desenvolvimento de ações de RH na perspectiva da sustentabilidade. Sua associação aos aspectos da Administração Renovada possibilita ações mais humanitárias na gestão de RH e seu fortalecimento junto às estratégias da organização.
ASSUNTO(S)
sustentabilidade sustainability administração renovada management of human resources gestão de recursos humanos administracao renewed administration
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=494Documentos Relacionados
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