Gênese, Caracterização e Classificação de Solos de Mangue na Bacia do Rio Subaé, Bahia, Brasil
AUTOR(ES)
Bomfim, Marcela Rebouças, Santos, Jorge Antonio Gonzaga, Costa, Oldair Vinhas, Otero, Xosé Luis, Boas, Geraldo da Silva Vilas, Capelão, Valdinei da Silva, Santos, Edson de Souza dos, Nacif, Paulo Gabriel Soledade
FONTE
Rev. Bras. Ciênc. Solo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-10
RESUMO
RESUMO A preservação de manguezais, ecossistema de elevada importância social, econômica e ambiental, requer conhecimento da composição, gênese, morfologia e classificação de seus solos, aspectos de fundamental importância para o entendimento da dinâmica e conservação sustentável desse recurso natural. Dessa forma, buscaram-se caracterizar e classificar solos de manguezais na bacia do Subaé e avaliar as concentrações dos poluentes inorgânicos. Foram escolhidos sete pedons representativos de manguezais, cinco sob influência fluvial e dois sob influência marítima, cujos perfis foram analisados quanto à morfologia e coletadas amostras de horizontes e camadas para posterior análise física e química, inclusive de metais pesados (Pb, Cd, Mn, Zn e Fe). Os solos em condições úmidas apresentaram-se subóxidos, com valores de Eh <350 mV. O pH dos pedons sob influência fluvial variaram de moderadamente ácido a alcalinos, enquanto os pedons sob influência marítima apresentaram valores em torno de 7,0 no longo de todo o perfil. A concentração de cátions no complexo sortivo para todos os pedons, independentemente da influência fluvial ou marítima, indicou a seguinte ordem: Na+>Mg2+>Ca2+>K+. Os solos dos manguezais da bacia do rio Subaé apresentaram características morfológicas, físicas e químicas distintas quando sob influência fluvial e marítima. As maiores concentrações de Pb e Cd foram identificadas nos pedons sob influência fluvial, possivelmente pela proximidade à Plumbum Mineração, e as menores concentrações encontravam-se no pedon P7, em razão da maior distância da fábrica. Por apresentar pelo menos um metal acima dos valores de referência indicados pela National Oceanic and Atmospheric (EPA), os pedons foram classificados como potencialmente tóxicos. Os solos foram classificados como Gleissolos Tiomórficos Órticos (sálicos) sódico neofluvissólicos de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação, apresentando-se potencialmente tóxicos, muito mal-drenados, exceto o pedon 7, que foi enquadrado no mesmo subgrupo dos demais, mas diferenciado deles por apresentar concentração de metal dentro dos limites tolerados.
ASSUNTO(S)
pedogênese hidromorfismo metais pesados
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