Gabriel Tarde e as ciências sociais francesas: afinidades eletivas
AUTOR(ES)
Consolim, Marcia Cristina
FONTE
Mana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-10
RESUMO
Este artigo investiga os fatores que contribuíram para a ascensão intelectual de Tarde nos anos 1890, tendo-se em conta o fato de que o autor não tinha as credenciais acadêmicas necessárias para a carreira universitária. Procuro mostrar que Tarde conquistou prestígio junto a instâncias do poder intelectual e político contrárias à crescente autonomia da universidade e das ciências sociais. Os grupos pertencentes ao pólo pedagógico e ao pólo técnico-profissional ainda eram hegemônicos nos anos 1890, mas passaram a disputar com Durkheim a definição legítima das novas disciplinas. Como parte de uma estratégia estamental, esses grupos elegeram a psicologia social de Tarde como instrumento de combate, autor que correspondeu às expectativas e acumulou capital social nas mais diversas instâncias intelectuais e políticas, sendo por isso amplamente recompensado.
ASSUNTO(S)
gabriel tarde campo intelectual frança século xix sociologia das ciências sociais
Documentos Relacionados
- Antes Tarde do que Nunca: Gabriel Tarde e a Emergência das Ciências Sociais
- Antes Tarde do que nunca. Gabriel Tarde e a emergência das ciências sociais
- As narrativas enquadradas n As Afinidades Eletivas de Goethe
- Entre afinidades eletivas e escolhas pragmáticas
- Afinidades eletivas e pensamento econômico: 1870-1914