Funcionalidade e disfunções orgânicas agudas influenciam a mortalidade hospitalar de pacientes críticos com câncer e suspeita de infecção: análise retrospectiva de uma coorte

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ter. intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar como a funcionalidade e a disfunção orgânica aguda influenciam a mortalidade hospitalar de pacientes oncológicos admitidos com suspeita de sepse. Métodos: Os dados foram obtidos de uma coorte retrospectiva de pacientes oncológicos com suspeita de infecção admitidos em uma unidade de terapia intensiva. Estes receberam antibióticos por via parenteral e tiveram suas culturas coletadas. Utilizamos uma regressão logística, para avaliar a mortalidade hospitalar como desfecho, Sequential Organ Failure Assessment e Eastern Cooperative Oncology Group como preditores, além de suas interações. Resultados: Dentre os 450 pacientes incluídos, 265 (58,9%) morreram no hospital. Para os pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva com Sequential Organ Failure Assessment baixo (≤ 6), o comprometimento da funcionalidade influenciou a mortalidade hospitalar, que foi de 32% entre os pacientes sem comprometimento ou com comprometimento mínimo da funcionalidade e 52% entre os pacientes com comprometimento moderado e grave (p < 0,01). Nos pacientes com Sequential Organ Failure Assessment elevado (> 6), a funcionalidade não influenciou a mortalidade hospitalar (73% entre os pacientes sem comprometimento ou com comprometimento mínimo, e 84% entre os pacientes com comprometimento moderado e grave; p = 0,1). Conclusão: O comprometimento da funcionalidade parece influenciar a mortalidade hospitalar de pacientes oncológicos com suspeita de sepse sem disfunções orgânicas agudas ou que apresentem disfunções leves no momento da admissão na unidade de terapia intensiva.

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