Freud e os modelos biológicos de explicação

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/03/2012

RESUMO

Embora Freud tenha reivindicado explicitamente o pertencimento da psicanálise ao campo das ciências naturais, as críticas filosóficas e epistemológicas posteriores tenderam, muito frequentemente, a recusar a pretensão freudiana e aproximar sua disciplina à área das humanidades (Habermas, Ricoeur, Schafer, Klein, entre outros) ou a considerá-la como um projeto naturalista fracassado, incapaz de atender aos critérios mínimos de cientificidade (Popper, Grünbaum, etc.). No presente trabalho procuramos evidenciar como o uso de diversos modelos explicativos por parte de Freud resultou em diferentes interpretações da psicanálise. Trata-se de um estudo exegético dos modelos de explicação utilizados pelo autor, tendo como método não só a análise de sua obra, mas também a discussão contemporânea no campo da biologia evolucionária cujas influências sobre Freud já foram indicadas por vários autores (Sulloway, Ritvo, etc.), embora, via de regra, apenas apontando a presença de certos temas biológicos na elaboração da teoria freudiana, sem relacioná-los com a constituição de um modelo de explicação psicológica simultaneamente histórico e naturalista.

ASSUNTO(S)

psicanálise psicanálise e filosofia biologia - filosofia psicanálise freudiana epistemologia filosofia

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