Frequency and associated factors with failure to perform the puerperal consultation in a cohort study

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Saude Mater. Infant.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-03

RESUMO

Resumo Objetivos: identificar a frequência da não realização das consultas de puerpério e fatores associados em mulheres residentes de um município de médio porte no Brasil. Métodos: estudo de coorte prospectiva através da coleta de dados em dois momentos, nas primeiras 48h e após o 42º dia pós-parto. Para a análise dos dados, utilizou-se o teste qui-quadrado para comparar proporções e, para a análise ajustada, Regressão de Poisson obedecendo ao modelo hierárquico pré-determinado. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: das 572 mulheres incluídas no estudo, 24,8% não realizaram consulta de puerpério. Os fatores associados a não realização da consulta de puerpério foram: menor renda (1º tercil RP= 2,01 IC95%= 1,21-3,33 - 2º tercil RP= 1,94 IC95%= 1,17-3,20), escolaridade (≤ 8 anos RP= 2,00 IC95%= 1,24-3,24); mulheres que apresentaram alguma comorbidade durante a gestação (RP 1,45; IC95%= 1,01-2,09), realizaram o pré-natal em serviço público (RP= 1,74; IC95%= 1,18-2,58) e que não usaram método anticoncepcional (RP= 3,10; IC95%= 1,86-5,16). Conclusões: a revisão puerperal não parece estar sendo valorizada no pré-natal, principalmente no sistema público de saúde. Foi identificada uma importante iniquidade na prestação desse serviço, pois as mulheres de menor renda, escolaridade e mais expostas a uma gravidez recorrente foram as que menos retornaram à consulta puerperal.Abstract Objectives: to identify the frequency and factors associated with the non-realization of puerperal consultations in women resident of a medium-sized municipality in Brazil. Methods: a prospective cohort study based on data collected in two time points, the first 48h and after the 42nd day post-childbirth. In order to analyze data, proportions were compared using the chi-square test, and the adjusted analysis was performed using Poisson regression, according to a predetermined hierarchical model. Significance level was set at 5%. Results: of the 572 women included in the study, 24.8% did not perform puerperal consul-tations. The factors associated with the non-realization of puerperal consultations were: lower income (1 st tercile PR= 2.01; CI95%= 1.21-3.33 – 2 nd tercile PR= 1.94; CI95%=1.17-3.20) and schooling (≤ 8 years PR= 2.00; CI95%= 1.24-3.24), comorbidities during preg-nancy (PR= 1.45; CI95%= 1.01-2.09), realization of antenatal care in the public service (PR= 1.74; CI95%= 1.18-2.58) and non-use of contraceptive methods (PR= 3.10; CI95%=1.86-5.16). Conclusions: puerperal revision does not seem to be valued in the antenatal care, mainly in the public health system. An important inequality was identified in the provision of this service, since women more prone to recurring pregnancy and with lower income and schooling were the ones that least returned to the puerperal consultation.

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