Frequências de imunidade para hepatite B e de exposição ocupacional a fluídos corpóreos entre estudantes de medicina em uma universidade pública brasileira
AUTOR(ES)
Oliveira, Luiz Carlos Marques de, Pontes, João Paulo Jordão
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-10
RESUMO
Neste estudo avaliaram-se as freqüências de imunidade contra a hepatite B (HB) e de acidentes potencialmente contaminantes em estudantes de medicina de uma universidade pública brasileira. Responderam um questionário anônimo e auto-aplicável 303 de 400 estudantes (75,7%) que já deveriam estar imunizados contra a HB, sendo 66,3% do sexo feminino. Anti-HBs séricos foram determinados em 205 deles e títulos > 10 UI/L foram considerados como protetores. Tinham esquema vacinal completo 86,8% dos alunos. A freqüência de imunidade entre as mulheres (96,4%) foi maior (p = 0,04) do que entre os homens (87,7%). Entre os que não tinham imunidade, 12/13 (92,3%) tinham sido vacinados antes de ingressarem no curso de medicina. Somente 11% dos alunos com vacinação completa tinham, previamente, verificado a resposta sorológica à vacina. Do total de alunos, 23,6% relataram algum acidente potencialmente contaminante, e entre aqueles do último ano esta freqüência foi de 45,0%, sendo semelhante entre homens (47,8%) e mulheres (43,2%). De todos estes acidentes, 57,7% foram com secreções e 42.3% devido a acidentes perfuro-cortantes. Os resultados mostram que: 1) entre os estudantes avaliados é alta a freqüência de imunidade contra a HB, mas a verificação da resposta à vacinação não é uma preocupação entre eles; 2) a verificação dos títulos de anti-HBs deveria ser realizada após o esquema vacinal completo e periodicamente, principalmente entre os homens; e 3) é alta a freqüência de acidentes potencialmente contaminantes.
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