Frequência de prescrições de medicamentos off label e não licenciados para pediatria na atenção primária à saúde em município do sul do Brasil
AUTOR(ES)
Gonçalves, Marcele Giacomin, Heineck, Isabela
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-03
RESUMO
Resumo Objetivo: Determinar a frequência de prescrições de medicamentos off label e não licenciados para pediatria na atenção primária à saúde em município de médio porte do Rio Grande do Sul, Brasil. Métodos: Estudo transversal, com coleta retrospectiva, que analisou prescrições a 326 pacientes emitidas de agosto a dezembro de 2012 em dois postos de saúde do município de Viamão. Foram incluídas todas as receitas de pacientes cujos prontuários ou fichas de atendimento estivessem disponíveis e completos em relação à data de atendimento, peso e data de nascimento. Foram classificadas como prescrições off label aquelas que, em relação à bula do medicamento, apresentavam dose diferente da recomendada, frequência de prescrição e/ou forma de administração diferente e idade inferior àquela indicada. Foi usada estatística descritiva, com frequências absolutas, médias e desvio padrão. Resultados: Durante o período estudado houve a prescrição de 731 medicamentos e houve frequência de 31,7% de medicamentos prescritos off label, especialmente anti-histamínicos e antiasmáticos (32,3% e 31,5%, respectivamente). O principal tipo de prescrição off label foi dose (38,8%), seguida de idade (31,5%) e de frequência de administração (29,3%). Com relação à prescrição off label de dose, foi mais frequente a sobredose (93,3%) do que a subdose (6,7%). Não foram encontradas prescrições de medicamentos não licenciados. Conclusões: O estudo mostrou que a prescrição off label é comum nas duas unidades estudadas. O percentual de prescrição off label observado foi superior ao relatado por estudos europeus feitos na atenção primária. Por outro lado, não foi observada prescrição de medicamentos não licenciados para crianças.
ASSUNTO(S)
pediatria uso de medicamentos atenção primária à saúde
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