Frequência de colecistectomia e fatores de risco sociodemográficos e clínicos associados no estudo ELSA-Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Há escassez de dados na literatura sobre a frequência de colecistectomia no Brasil. Avaliou-se a frequência de colecistectomia e os fatores de risco associados no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). DESENHO E LOCAL: Estudo transversal com dados da linha de base de 5061 participantes em São Paulo. MÉTODOS: Avaliou-se a frequência de colecistectomia e fatores de risco associados nos dois primeiros anos de seguimento do estudo e ao longo da vida. Apresentou-se regressão logística [razão de chances (RC); intervalo de confiança de 95% (IC 95%)] multivariada. RESULTADOS: Um total de 4716 (93,2%) indivíduos com informação sobre colecistectomia foi incluído. Após 2 anos de seguimento, 56 participantes tinham sido operados (1,2%: 1,7% nas mulheres; 0,6% nos homens), totalizando 188 participantes com colecistectomia durante a vida. Os fatores de risco associados à cirurgia após dois dois anos de seguimento foram sexo feminino (RC, 2,85; IC 95%, 1,53-5,32), etnia indígena (RC, 2,1; IC 95%, 2,28-15,85) e índice de massa corpórea, IMC (RC, 1,10; IC 95%, 1,01-1,19 por aumento de 1 kg/m2); e, ao longo da vida: idade (RC, 1,03; IC 95%, 1,02-1,05 por um ano de aumento), diabetes (RC, 2,10; IC 95%, 1,34-2,76) e cirurgia bariátrica prévia (RC, 5.37; IC 95%, 1,53-18,82). Não se observou associação com paridade ou idade fértil. CONCLUSÃO: Sexo feminino e IMC elevado permanecem sendo fatores de risco associados à colecistectomia, mas paridade e idade fértil perderam significância. Novos fatores de risco, como cirurgia bariátrica prévia e etnia indígena, ganharam relevância no país.

ASSUNTO(S)

colecistectomia fatores de risco obesidade características da população brasil

Documentos Relacionados