Frequência das doenças subclínicas da tireóide e de fatores de risco para doença cardiovascular em mulheres em um local de trabalho
AUTOR(ES)
Diaz-Olmos, Rodrigo, Nogueira, Antônio-Carlos, Penalva, Daniele Queirós Fucciolo, Lotufo, Paulo Andrade, Benseñor, Isabela Martins
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-01
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: A doença tireoidiana subclínica é muito frequente na prática clínica e há evidências que sugerem associação com doença cardiovascular. O objetivo foi estabelecer a frequência das doenças subclínicas da tireóide e de fatores de risco para doença cardiovascular em mulheres no local de trabalho, bem como avaliar a associação da doença tireoidiana subclínica com fatores de risco para doença cardiovascular nessas mulheres. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal em 314 mulheres com 40 ou mais anos de idade que trabalham na Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Todas as mulheres responderam a questionário sobre características sócio-demográficas, fatores de risco para doença cardiovascular, questionário de angina de Rose, e foram realizadas medidas antropométricas e colhido sangue para dosagem de glicemia, colesterol total e frações, proteína C ultra-sensível, hormônio tireotrópico (TSH), tiroxina-livre (TS-livre) e anticorpos anti-tireoperoxidase. RESULTADOS: As frequências de hipotireoidismo subclínico e de hipertireoidismo subclínico foram respectivamente de 7,3% e 5,1%. Os níveis de anticorpos antiperoxidase foram mais elevados nas mulheres com doença subclínica da tireoide comparadas às mulheres com função tireoidiana normal (P = 0,01). Não houve nenhuma diferença estatisticamente significativa entre os fatores sociodemográficos e de risco para doença cardiovascular entre os grupos exceto pela maior presença de sedentarismo entre as mulheres com hipotireoidismo subclínico. Restringir a comparação somente às mulheres com hipotireoidismo subclínico (TSH > 10 mIU/l) não mudou os resultados. CONCLUSÃO: Nesta amostra de mulheres, não houve nenhuma associação entre um perfil inadequado dos fatores de risco para doença cardiovascular e a presença de doença subclínica da tireóide que justificasse o rastreamento no local de trabalho.
ASSUNTO(S)
doenças da glândula tireóide hipotireoidismo hipertireoidismo fatores de risco doenças cardiovasculares
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