Fratura proximal de fêmur : estudo de uma coorte residente em Assis-SP
AUTOR(ES)
Cássoa Regina Saade Pacheco
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A fratura proximal do fêmur (FPF) é apontada como a mais grave e devastadora conseqüência da osteoporose, por exigir hospitalização, tratamento cirúrgico e ser capaz de produzir incapacidade funcional e mortalidade, principalmente na idade avançada e presença de comorbidade. Afetando principalmente mulheres, a FPF exige cuidados prestados pela família como cuidador, devendo o processo de reabilitação iniciar na fase hospitalar, garantindo a mobilização precoce e independência do acometido. Trata de estudo de coorte retrospectivo e observacional objetivando conhecer os aspectos físicos e psico-sócio-econômico da FPF, relacionar o acometimento da fratura com a osteoporose, e o discernimento da osteoporose. Participaram desta pesquisa 81 sujeitos (idade 77,43 10,78), homens e mulheres (73%) residentes em Assis, com idade Ý 40 anos, internos da Associação de Caridade Santa Casa de Misericórdia de Assis para tratamento da FPF por trauma de baixa energia. Foram selecionados no SAME, 103 prontuários de janeiro 2002 a dezembro 2004, sendo excluídos 22 sujeitos no decorrer do estudo. Os dados foram obtidos através de um questionário (133 questões) em visita domiciliar. Esta coorte mostrou 100% de tratamento cirúrgico (98% pelo SUS, 2% IAMSPE) para fratura de colo femoral (58%), com osteossíntese (61%); maior incidência em idade avançada (77,43 10,78), mulher (78%), sedentária (98%) que cuidava do lar (49%); fratura por queda da própria altura (87%) em casa (77%), sendo exigido a presença de cuidador (98%) familiar (87%). A co-morbidade (79%) apontada foi a hipertensão (20%) e cardiopatia (18%). A população da mortalidade (36%) e, da não recuperação (17%) mostrou idade aumentada significativa (p <0,05), comparada aos recuperados (47%). 55% dos óbitos aconteceram 3 meses após a FPF. A presença da FPF por baixo trauma, apontou uma população idosa com fragilidade óssea e susceptível a fraturas, sendo a idade um fator de significância para a recuperação da FPF. A Fisioterapia mostrou-se importante na recuperação, nesta coorte com baixo discernimento quanto a osteoporose. São necessárias medidas de educação junto a população com incentivo a prática de atividade física na idade avançada, como prevenção as quedas e, do óbito ou invalidez em conseqüência da FPF.
ASSUNTO(S)
ossos - fratura fisioterapia osteoporose quadril fisioterapia e terapia ocupacional idosos
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2007Documentos Relacionados
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